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Acharam na sua pequena casa, e sob os olhos de sua avó, a lindinha Josephina, cuja intrepidez tinha sido directamente a felicidade de todos. Recebeu um beijo da feliz mãe, e depois, como o senhor de Valneige tinha preparado todas as coisas, aconteceu que a avó, que não tinha outra herdeira senão Josephina, se achou proprietaria da sua residencia, que até ali tinha alugado.

Josephina resignou-se e andou com a sua digna conductora uns duzentos passos n'uma hora; tantas coisas havia para admirar! Apezar de se extasiar vendo isto e aquillo, a boa rapariguinha exclamou: Oh! o que eu desejo vêr, mais do que tudo, são os saltimbancos. E eu tambem, minha pequena. Bem sei eu porque. Está pensando no seu rapazinho? Justamente.

Taine para desenhar Napoleão serviu-se do seu velho processo de documentos miudinhos juxtapostos, que não é de certo o mais interessante para o grosso publico. Interrogou as testemunhas oculares, os criados, as damas de honor da Imperatriz Josephina, as pessoas que mais ou menos estiveram na intimidade e no contacto directo de Napoleão.

Josephina pulava de contente, mas atravez da sua alegria jactava-se uma grande preoccupação. Em cada pequeno pellotiqueiro queria reconhecer Adalberto. A tia Tourtebonne e Sophia não cessavam tambem de pensar no pequeno da adêga, mas a pequena camponeza, com o enthusiasmo da sua idade, não duvidava da sua presença, chegando a parecer-lhe impossivel que elle não estivesse ali.

Por mais que este dissesse que durante o caminho Josephina lhe tinha feito comer bolos, nozes e maçãs, a boa senhora julgava que elle cahia de fraqueza. Como Julião ainda não tinha voltado das suas buscas e Sophia, ensopada pela chuva, tinha ido mudar de fato, a senhora Deschamps quiz preparar pela sua mão o comer para a criança.

Não disse palavra, não proferiu uma queixa, mas, com ar commovido, consolou-se d'este desengano cuspindo todo o caminho; não havia outra coisa a fazer. Afinal a emoção, a sacudidela, e o Galope de Gustavo ainda em cima acabaram por estonteal-o; a senhora Tourtebonne, como prudente que era, fez com que elle se sentasse. Josephina, graças aos seus quatorze annos, ficou espantada.

Josephina assustou-se com a idéa de tornar a subir para a carreta, mas felizmente não foi preciso. O honrado mercador de queijo installou-se n'uma pequena casa de pasto improvisada, estabelecida por tres dias debaixo de uma barraca parda, e em vez de fazer ali algum gasto entregou-se pelo mesmo preço ao aborrecimento resultante do seu incommodo.

A tia Tourtebonne imaginava a alegria que sentiria a pobre mãe do pequeno da adêga, quando lhe levassem o seu querido filhinho; Josephina desejava ardentemente um acontecimento, uma aventura, uma emoção; teria sido uma felicidade para todos e um divertimento para ella; o senhor Julião, amigo zeloso da justiça e pontual antes de tudo, queria uma coisa denunciar aos policias a infame companhia e fazel-a prender, afim dos ladrões pagarem na cadeia o crime commettido; era tambem esta a opinião de seu amo.

Josephina esperava divertir-se immenso; mas tinha de se ir contentando com o que encontrava, porque o senhor Baptista, no meio das maravilhas d'este dia, via as suas dôres de dentes, e a todos succederia outro tanto.

Julião tinha tratado de segurar meio de conducção para a volta; combinaram que partiriam todos quatro juntos, e começaram a gozar tranquillamente em quanto o senhor Baptista se safava com tenções de esquecer n'um bom somno o tal sujeito que fazia tanto mal, arrancando os dentes sem dôr. Divertiram-se muito, muito. Josephina gastou tres tostões.

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