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E António Botto louva esse desejo regendo as acções do homem, porque o homem d'elle nasceu. O amôr cantado assim, não é o opprobrio que avilta, mas o culto que ennobrece. Cantar a humanidade para a tornar mais bella!... Como os egypcios cadenciando-lhe o gesto nas danças, como os gregos cultivando-lhe a graça dos gymnasios, como os romanos nos libames a Jupiter. N'estas canções, o amôr, o vinho, os festins das carnes amorosas, as penumbras languidas são narcoticos preciosos onde o poeta afoga as dôres do pensamento.

Estas regiões, que vivem em maior contacto com o nosso astro supremo, mais aquecidas pelo sol, não admittem, nem consentem transições. Cortam bruscamente os crepusculos não teem longos esvaimentos de luz não desenham penumbras. Quando o sol se immerge no oceano adensam-se rapidamente as trevas.

Mas além d'isso Fradique Mendes trabalhava um outro filão poetico que me seduzia o da Modernidade, a notação fina e sobria das graças e dos horrores da Vida, da Vida ambiente e costumada, tal como a podemos testemunhar ou presentir nas ruas que todos trilhamos nas moradas visinhas das nossas, nos humildes destinos deslizando em torno de nós por penumbras humildes.

Oh Pena, altar de nuvens sobre a Serra, Paço de sombras reaes, feito em granito E seculos de Azul, olhando a Terra Das janelas que ogivam o Infinito! Oh vôo das florestas que se esfólham, Tontas de ceus, fragancia! Oh tardas sombras rôxas da Distancia! Ruinas noite donde as aguias ólham! Oh cedros esmanchando as ramarias, Afofando penumbras! Crepusculos longinquos de arcarias!

Em 1889 publicou o sr. Fernando Leal, o eminente poeta dos Reflexos e Penumbras e dos Relampagos, dous primores da nossa litteratura, Os Soldados da Revolução de Michelet, obra preciosa do grande escriptor francez, precedendo-a d'um prologo superiormente bem pensado e bem escripto, pagina brilhantissima que para Fernando Leal não desmerece coisa alguma dos poderosos e scintillantes versos por elle firmados.

Os teus olhos são como o genio da aventura: reflectem amor, lucto, Belleza dolorosa... Como sinto os enleios negros do seu fulgor, penumbras de sonho e loucura! Vejo atravez delles a alma da tua raça aquella que elles discorrem, fataes de amor.

As cousas, Arvores, nuvens, serras pedregosas, São penumbras que á luz do meu olhar Se dissipam, de subito, no ar. De tal forma meu sêr se concentrou Na visão da Creança, que além d'ela, Não vejo flôr ou ave ou luz de estrela, Limpido céu azul, verde paisagem! Dir-se-á que o seu Espectro reencarnou Em mim, que não sou mais que a sua Imagem! Quantas horas passava contemplando Seu pequenino Vulto.

A casa de Pilatos e as suas penumbras em que esmaecem estuques e o patio claro de marmores harmoniosos ouviram as palavras aladas que lhe disse; diante das Assumpções do Murillo e dos frades de Zurbaran, no museu deserto, contei-lhe o poema do meu desejo; na Caridad, a mostrar-lhe a estatua de Herrera, ouviu a perfumada e embaladora cantilena.

A cada instante, omissões no serviço, pequenos confortos descurados nos aposentos, portas abertas deitando correntes d'ar, stores erguidos nas janellas, que endoloriam os olhos da enferma, apenas familiarisados co'as penumbras cinzentas do seu canto d'oratorio. Então a fidalga impacientava-se: as impaciencias traziam-lhe o nervoso. Era um horror.

No mundo moral são a sombra e a penumbra as reacções da sciencia, da arte, da civilisação e do progresso. Analysemos as penumbras. Entremos nas sombras. Desçamos ás trevas. Fóra da vida physica são as trevas a ignorancia, e esta produz o silencio. Ora, o silencio é a paz dos sepulchros. Por que não deveria eu consultar a plebe?

Palavra Do Dia

resado

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