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Vossa formosura Então lhes mostrais, Sem véo, nem cortina, Bemdito sejais. Da gloria infinita, Meu Deus que gozais, Ellas gozarão, Bemdito sejais. Os Anjos, e as almas Vós os alegrais Com vossa presença, Bemdito sejais. Oh, quem vos amára. Como Vós amais, Quem de amor morrêra, Bemdito sejais. Como sabio Mestre Vós nos ensinais Do Ceo as doutrinas, Bemdito sejais.

O homem que for sisudo, N'huma tão grande questão Ha de tomar por escudo A justiça, e a razão; Que estas armas vencem tudo. E pois essa natureza Muitos homens faz iguais, qualquer de vós signais De quem he, para certeza Da fórma que ambos mostrais. Sou contente de mostrar Polos sinaes que vos dou, Que são estes sem faltar. Que sinaes podeis vós dar, Para que sejais quem sou?

Pregoando direi tão alta sorte. Mais poderás contar a toda a gente Que sempre deo na vida claro indicio De vir a merecer tão santa morte. Formosos olhos, que na idade nossa Mostrais do Ceo certissimos signais, Se quereis conhecer quanto possais, Olhai-me a mim, que sou feitura vossa.

Pois sei certo que folgais, Quando mais mal me fazeis, E que nunca descansais, Senão quando me mostrais Quão pouco bem me quereis; Servir-vos mais não espero Pois meu viver empeora Com me fazerdes, Senhora, Tanto mal, que desespéro. Descalça vai para a fonte Leonor pela verdura; Vai formosa, e não segura. Voltas.

Mas quando com desdem esquivo e grave O bello rosto me mostrais isento, Huma dor provo tal, hum tal tormento, Que muito vem a ser que não me acabe. Assi está minha vida, ou minha morte No volver de esses olhos; pois podeis Dar co'huma volta delles morte, ou vida. Ditoso eu, se o Ceo quer, ou minha sorte, Que ou vida, para dar-vo-la, me deis, Ou morte, para haver morte querida!

Que phantasia he esta, que presente Cad'hora ante os meus olhos me mostrais? Com huns sonhos tão vãos inda tentais Quem nem por sonhos póde ser contente? Vejo-vos, pensamentos, alterados, E não quereis, de esquivos, declarar-me Que he isto que vos traz tão enleados? Não mo negueis, se andais para negar-me; Porque se contra mi 'stais levantados, Eu vos ajudarei mesmo a matar-me.

Bem claro mostrais Em vós fealdade: Não ha hi maldade, Que não precedais. De fresco carão Vos vejo ausente; Em vós he presente A condição. De ter perfeição Mui alheia estais; Mui muito alcançais De pouca razão. Vai o bem fugindo, Cresce o mal co'os annos, Vão-se descubrindo Co'o tempo os enganos. Amor e alegria. Menos tempo dura. Triste de quem fia Nos bens da ventura!

SATYRO SEGUNDO. Nem vós nascidas sois de gente humana, Nem foi humano o leite que mamastes, Mas de alguma disforme fera Hyrcana: no Caucaso horrendo vos criastes: Daqui trouxestes a aspereza insana; Daqui os calidos peitos congelastes. Sois Esphinges nos gestos naturais, Que de humanas os rostos mostrais.

S'em vosso esquecimento Tão condemnado estou, Como os sinaes demostrão, que mostrais; Neste vivo tormento, Lembranças mais não dou Que as que desta razão tomar queirais: Olhae que me tratais Assi de dia em dia Com vossas esquivanças; E as vossas esperanças, De que vãamente ja m'enriquecia, Renovão a memoria; Pois com a ter de vós tenho gloria.

Ah! se eu soubesse gozar da vossa amavel companhia, como a vossa Esposa Santa, a qual dizia: Eu me sentei á sombra daquelle, a quem muito havia desejado. Ah, Senhor, attrahi-me vós com as suavidades da vossa formosura, e com aquelle immenso amor, que me mostrais nesse Sacramento.

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