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Senhor João disse elle, arquejando, e revirando nas orbitas os olhos, que o ciume arrancara á sua estupida immobilidade senhor João! eu gosto de viver bem com os meus visinhos; moro, ha cincoenta annos, n'esta rua, sou um honrado homem, que nunca deu desgosto aos seus visinhos...

Estremeci... Era um padre que sahia... o padre capellão de D. Maria Maldonado! «Elle fixou-me com espanto, e apenas me cortejou; esteve um pouco a olhar-me, e disse: A menina não é a snr.ª D. Leocadia? «Sou, sim, senhor. Então que faz por estes sitios?! disse elle admirado. «Vim a passeio... Moro n'uma quinta perto d'aqui. Pois se quer entrar, eu dou parte á snr.ª D. Maria.

E eu, que móro além, fui a correr buscar esta faca. Não sei se foi Deus quem mandou... está morta? E sorria, espectrando na lamina o Deus suave das creanças... A victima era um bocado de marfim e oiro, abandonada no chão, entre a serguilha grossa do vestido, a borbotar do peito alvo cravos de sangue.

Os sinos teem dobres d'agonias Ao gemer, comovidos, o seu mal... E todos teem sons de funeral Ao bater horas, no correr dos dias... A minha Dôr é um convento. Ha lírios Dum roxo macerado de martírios, Tão belos como nunca os viu alguem! Nesse triste convento aonde eu móro, Noites e dias reso e grito e chóro! E ninguem ouve... ninguem ... ninguem... *Dizêres íntimos*

Que segredos terás, alheia a tudo, passando pela vida, ligeiramente, como a agua que vae n'um ribeiro, correndo e cantando? Vi-te em toda a parte. Levei-te sempre commigo! Talvez o Moro te tivesse pintado... Viste bem o museu...

N'este casarão onde móro a toda a hora se ouve o ruido da levada; corre sempre como as torrentes desordenadas e esplendidas. Escutae!... Préga o inverno bravio, o vento e os aguaceiros passam, mas escutae, escutae!... São meus visinhos, em baixo mulheres perdidas, ao de mim dois casados, e na trapeira um gato pingado, a quem chamam S. José.

«Peço-lhe para que tão depressa receba esta carta tenha a bondade de me vir procurar em minha casa pois desejo falar-lhe de um assumpto da maior importancia. «Julgo inutil participar-lhe que moro no rez-do-chão, onde o espero, confiado em que se apressará em satisfazer o pedido de um amigo que tanto o estima. Sempre seu amigo, D. Ventura de Aguillar

Era por uma noite de lua cheia do agosto preterito. Estava eu á janella do terceiro andar, onde moro, n'esta fragrante rua das Congostas, ninho de poetas e philosophos, floresta ramalhosa onde v. s.ª regorgeia as suas lyras, e eu medito Theophilo e Rozalino Candido.

Na tarde d'esse dia, Luiz Godard, areonauta por hereditariedade, realisou no campo de Móro, em frente do Palacio Real, a ascenção de um enorme balão, que media setecentos metros, e que se elevou desdobrando as alegres côres hespanholas no seu monstruoso bojo de seda. Na tarde do dia seguinte, uma festa verdadeiramente hespanhola despertára o mais vivo enthusiasmo.

Reconsiderou porém, e continuou, articulando as palavras como se cada silaba lhe fosse arrancada da laringe por um saca-rolhas invisível: Senhor... chamo-me Germinal... moro aqui defronte... e venho... na qualidade de vizinho... fazer-lhe uma pequena visita... André desabou da sua caranguejola com grande estrondo; o senhor Germinal, aterrado, lívido de susto, cingiu-se rapidamente com a parede.

Palavra Do Dia

alindada

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