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Tantas distracções num empregado-modelo, atraiçoavam algum projecto, amorosamente acalentado; e, se bem que o senhor Germinal fosse taciturno e pouco comunicativo, todos sabiam qual era esse projecto: ia no próximo domingo a Viroflay.

Durante toda a semana, o senhor Germinal consultara o barómetro; através da espessa névoa, que embaciava os vidros das janelas, interrogara cem vezes o aspecto do firmamento; cem vezes os seus companheiros de trabalho o haviam surpreendido a olhar fixo para o céu; cem vezes perpetrara erros nas contas; cem vezes, enfim, esboçara na mesa, com a ponta da raspadeira, árvores, campanários, carneiros e choupanas.

Engana-se! vê-la-hei, falar-lhe-hei, ama-la-hei e casarei com ela; mesmo contra sua vontade! Tomarei as medidas necessárias para obstar a essas loucuras. E o senhor Germinal, erguendo-se com um gesto ameaçador, saiu do atelier.

E a nós, disse Rosa, a esperança de uma encomenda importante; pois eu continuo a fazer flores, e o dono desta casa deseja uma porção delas considerável. O senhor Nuavias? Sim. Quem lho inculcou? A modista, para quem trabalho. E André? O meu comprador de quadros. Os diabos levem o acaso! rosnou o senhor Germinal.

André parecia uma estátua. Partiu!... partiu!... Rosa partiu!... murmurou ele afinal; é impossível! A prova é que tenho aqui a chave da casa. O pintor arrancou a chave das mãos da senhora Poussignol, que ficou pasmada. Dez segundos depois, penetrava em casa do seu velho vizinho. O quarto do senhor Germinal estava limpo e em ordem, como sempre; a cama não fora desfeita.

O velho fez-se amarelo, logo carmesim, depois branco como um sudário, e por fim agarrou no pulso de Sauvain, e apertando-lho com força, balbuciou: Que numero é o desta casa? Oitenta e sete. Rua dos Mártires? Sem dúvida. alguém que se chame Germinal? , sem dúvida!... respondeu André estupefacto. Aonde mora? Aqui... ao lado... Era com ele que eu conversava pouco!...

Se aceito! querido e venerado senhor... com entusiasmo!... com delírio! O senhor Germinal levantou-se como se fora feito de uma peça. Parecia consternado. Nesse caso, disse ele em tom lúgubre, até

Aquela existência de ostra pegada ao rochedo, fará compreender o extraordinário alvoroço, que sentia o senhor Germinal com a perspectiva de uma digressão, por mais curta que fosse.

No dia seguinte, regressou o senhor Germinal a Paris. Inútil é acrescentar que foi de carruagem.

Que espécie de gente costuma receber? Gente?... em casa dele! Sim. Receber?... o sr. Germinal!... Essa é melhor! Se ele nem um gato conhece no mundo inteiro! E... os vizinhos? Sabe sequer quem são! Uma figura nova produz-lhe um ataque de nervos. Com a breca! murmurou André despeitado; é com efeito um ente bem misterioso, e parece-me assaz difícil domesticá-lo!