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Elysa! é com este nome que me apraz escrever-te, porque uma imprudencia, um acaso natural da minha vida de mancebo podia revelar com o manuscripto a palavra sacramental do meu segredo: o véo, que é demasiado diaphano aos meus olhos, será impenetravel aos de estranhos, e para ti é uma prova do meu egoismo ou soffreguidão, que te agradará.

As minhas orações, se podessem com Deus alguma cousa, iriam ter á tua alma em abalo de consciencia. O Senhor não quiz. As pessoas a quem pedi voto sobre escrever-te, segundo o pedido do homem de Theodora, todas me disseram que eu ia abaixar a minha dignidade n'um requerimento vão e desconforme á natureza da tua desgraça.

Dizia assim: «Tua prima está enferma, por isso não te escreve; e eu tambem adoentado e tristonho mal posso escrever-te. Recebemos a nova da tua mudança para Paris. Vai com Deus, Affonso. Póde ser que a tua felicidade esteja. Folgo de te vêr ir desligado da personagem que, segundo me dizem, foi a final o que era rigoroso que fosse. Diante da mulher perdida todos os homens são iguaes.

Deixa escrever-te, verde mar antigo, Largo Oceano, velho deus limoso, Coração sempre lyrico, choroso, E terno visionario, meu amigo! Das bandas do poente lamentoso Quando o vermelho sol vae ter comtigo, Nada é mais grande, nobre e doloroso, Do que tu, vasto e humido jazigo! Nada é mais triste, tragico e profundo! Ninguem te vence ou te venceu no mundo!... Mas tambem, quem te poude consollar?!

Fugi dos carinhos da familia, e ferrolhei-me n'uma casa agreste e erma na quebrada da Serra da Estrella. A desesperação alli foi-me consoladora, por que a morte era inevitavel n'aquelle desamparo. Nem ainda então pude escrever-te, meu amigo!

«Terás as minhas cartas regularmente, em quanto viver. «Graças, meu amigo, pelo coração de irmão que me déste. A recompensa é este chorar que me tolhe poder escrever-te mais. São as ultimas lagrimas do teu FernandoLisboa, 4 de agosto de 1842. «Meu presado amigo.

Começo a escrever-te ás horas d'uma esplendida manhã, espalhando os olhos por aquellas duas margens do nosso Mondego: a relva rasteira que as veste, e que me falla de vagas esperanças, ha de desentranhar-se em flores e fructos. Deixa-me crêr muito no dia de ámanhã.

Palavra Do Dia

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