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Tempo depois, um poeta conterraneo, mais familiar ás armas d'Apollo que de Marte, encarecia no seguinte soneto a gloria do general Silveira, cuja tactica elle provavelmente estivera contemplando de sitio aonde não podiam chegar pelouros: Uma nuvem de fumo o ar povôa, E do Tamega enluta as margens frias, O portuguez canhão quatorze dias, Sem descanço algum ter, fuzila e trôa.

Magalhães que demonstra a terra como esphera, Giotto que nos pinta a tela mais sincera, O feudalismo á morte, as communas em lucta, A alma das nações erguendo-se fremente E pouco a pouco, a claro, as lendas do Oriente, Emquanto o santo officio as consciencias enluta;

Geral consternação o charco enluta. Renovam-se as lamurias: que o rei é doido e tem ás vezes furias; que, doido ou não, o povo trata á bruta; por fim, que faça o deus formal promessa d'outro rei que as não coma tão depressa! O Jupiter tonante d'est'arte lhes responde: «Inutil prece! Dei-vos um rei tranquillo, inoffensivo, que nem sempre se tem nem se merece: um rei que era um regalo! Foi vêl-o e pôl-o pela barra fóra! Dei-vos segundo: um genio um pouco vivo... um pouco extravagante... Meninas, aguental-o! Era bom o primeiro e foi-se embora.

Mas agora!...ah com lagrimas augmento Do patrio rio a turbida corrente!... Porém eu torno a mim, que a mim me rouba: Melancolico véo que alma me enluta. Trago do Templo excelso inda gravadas Na fantazia férvida as imagens, Que eu alli descobrira, inda me lembro De quanto ao grão Britanno as Artes devem.

Velho, escuta, esta voz. Eu não sei perdoar: frio como um Destino eu heide-te açoutar até te ver em sangue os lombos aviltados! No estrume arrastarei teus louros profanados, que jazerão no esterco infame das viellas, onde vagam á lua os ébrios e as cadellas. Marcarei para exemplo, ao mundo o renegado que depois de haver rido, haver calumniado uma Esposa, uma Mãe, um Lar, uma rainha, no que ella de mais puro e mais sagrado tinha! n'isso que doe cruel, que mais o peito enluta, depois de lhe chamar a grande prostituta nada achou mais abjecto, e nada achou mais baixo que ser do filho-rei o humillimo capaxo, nada achou mais servil, para apagar a offensa, do que vender a penna e perseguir a Imprensa! Lodo do Homem vil, ó barro da Paixão, ó abysmo d'uma alma, ó rei da Creação, foi Satan que te pôz o diadema escuro! Pode-se assim sem zombar do seu Futuro, macular para sempre a virginal gloria, cuspir, manchar, polluir as paginas da Historia, e envergonhar a campa humilde dos plebeus que foram os seus paes e a pobre mãe nos ceus, matar os louros seus aviltação eterna! como um ebrio que morre em chão d'uma taberna?

Nesse eterno scismar, nada , nada escuta: Nem o tempo a dobar os seus annos mais bellos, Nem o humano soffrer, que outras almas enluta, Nem a neve do inverno a pratear-lhe os cabellos! depois de voltada a folha derradeira, próximo do fim, sobre o livro, alquebrado,

Não o crê: abre os olhos a custo: Nada o ceu, que se enluta, lhe diz: Fecha-os breve; e no extremo soluço Pensa e existe, e a existencia maldiz. E o atheu, que era grande na terra, Uma campa terá magestosa; E ao pastor naquelle adro da aldeia Cubrirá uma gleba relvosa.

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