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Satrapas em delirio, Cezares devassos, tyrannos corruptissimos, póde ser que alguma vez enviassem uma rapariga desobediente mas honesta a um bordel, e que, ajuntando calculadamente a indecencia ao castigo, convertessem a excitação dos sentidos em supplicio legal, deshonrando a lei para deshonrar o inimigo.

Dito isto, o nome da coisa sáe de todas as boccas: chama-se federação. Conciliação para todos os interesses, garantia para todas as liberdades, campo aberto para todas as actividades, equilibrio para todas as forças, templo para todos os cultos, a federação é a unica fórma de governo digna de homens verdadeiramente iguaes, porque é a unica fórma de governo verdadeiramente livre. Ella extingue os velhos odios, supprime os velhos partidos, não destruindo-os violentamente, mas, ao contrario, fazendo-os viver em commum, conciliando-os, mostrando que podem coexistir no seu vasto seio, no seu espirito comprehensivo e amplissimo. Estas palavras federação democratica resumem hoje o credo revolucionario, como ha oitenta annos as de republica indivisivel resumiam as aspirações da geração heroica, mas pouco experiente, que criou na historia a grande data de 1793. Quem hoje percorrer com a vista as legiões do grande exercito revolucionario europeu, raro topará com uma bandeira em que se não leia a magica legenda republica democratica federativa. Estes pendões são hasteados por mãos que têem feito, no mundo dos factos, no mundo das ideias, um trabalho formidavel. São homens que se chamam Proudhon, Shultz-Delitz, Gladstone, Vacherot, Morin, Simon, Littré, Bright, Langlois, e que são para o drama final a que se encaminha o seculo XIX o mesmo que Rousseau, Sieyès, Condorcet, Volney, foram para a tragedia dos ultimos annos do seculo XVIII. O sonho unitario dissipou-se. Uma amarga experiencia lhes mostrou que a existencia d'essa entidade puramente geographica de uma grande nacionalidade compacta não compensa a falta d'aquella outra entidade realissima, necessaria, vital, o cidadão livre. O homem, o homem no goso pleno das suas liberdades, das suas forças variadissimas, industriaes, scientificas, politicas, religiosas, esse homem não o criam as unidades artificiaes e violentas organisadas segundo o principio das grandes nações centralisadas. Era escusada, para chegarmos a isto, a experiencia custosa da França de Napoleão III. Bastava a historia, que não nos offerece o exemplo de uma unica republica democratica centralisada que chegue a durar a vida de uma geração. Fluctuam entre a anarchia e a tyrannia, até acabarem pela morte da nacionalidade, ou pela abdicação nas mãos de um chefe absoluto, pelo cezarismo. No dia em que a republica aristocratica de Roma se transforma em democracia unitaria, a sociedade romana, perdido o equilibrio, passa violentamente de tyrannia para tyrannia, até que os Cezares a acolhem á sombra mortal do seu despotismo nivelador. Florença abdica nas mãos dos Medecis: e a França, em menos de cem annos, abdica tres vezes nas mãos dos seus chefes populares e republicanos; em 1793, Robespierre; em 1804, Buonaparte; em 1851, Luiz Napoleão. Eis como vivem e quanto duram as republicas unitarias! As unicas republicas democraticas, cuja vida serena absorve a vida de muitas gerações, são duas republicas federativas: a Confederação Suissa, na Europa; na America, os Estados-Unidos. Ricas, pacificas, intelligentes, não é ainda assim a riqueza, nem a sciencia, nem a paz quem as mantem: é a liberdade; a liberdade que sabem conservar na igualdade. Typos ainda incompletos em relação ao ideal que abstractamente formamos das sociedades humanas, são todavia, para as informes agglomerações de homens, a que no resto do mundo se chama nações, verdadeiros ideaes, modelos admiraveis e quasi columnas de fogo no deserto das miserias politicas.

Vem a pêllo fallar da gorda gallinha que padre João trinchou na estalagem da Amarante, em quanto Jorge Coelho, recolhido ao seu quarto, se atirava vestido sobre o leito abafando contra o travesseiro os soluços da afflicção, que o egresso, tão de boa como crente na efficacia da historia, julgára minorada com a quarta dissertação que fizera ácerca do amor, segundo a carne, e nomeadamente do amor em Roma na época dos Cezares.

O emigrado que estas miudezas referia era um major Pacheco, que seguira o seu soberano, espontaneamente, desde o embarque até Roma. Casualmente o encontrara Fernando por escondido nos pardieiros da Roma dos Cezares, ou meditando nas virtudes de Tito, ou nas cruezas de Nero.

"Alegrai-vos de eu não estar mal; pois terei o mesmo contentamento de saber que estais bem." E muito é mais para notar uma carta de Octavio Imperador para Caio Druzo seu sobrinho, que contém bem mais coisas, e avizos que palavras, e dizia: CARTA DE OCTAVIO A DRUZO "Pois estais no Illyrico, lembrai-vos que sois dos Cezares; que vos mandou o Senado; que sois moço; meu sobrinho; e cidadão Romano."

Em Roma no reinado dos Cezares e no Baixo Imperio, e em toda a parte onde as nacionalidades se dissolvem accrescentou Fernando. Diz muito bem! acudiu Briteiros Portugal está em dissolução. O senhor é necessariamente realista! Não, senhor. Fui soldado nas linhas do Porto. Pugnei a favor da liberdade, synonimo de humanidade. Servi-me a mim, servindo as classes abatidas pelo privilegio.

N'este simples traço encarna sua alteza a expressão politica da sua indole, o que nos parece de uma moderação de intuitos demasiadamente modesta. Diriamos que sua alteza folga em confundir-se na obscura legião invalida dos tyranos burguezes, dos cezares bonacheirões, Neros de barrete de dormir, Caligulas dyspepticos, Eliogabalos em uso do pronto alivio e da revalenta arabica.

Solemnes e venerandas julgo eu as palavras da velhice, porque a velhice é uma especie de sacerdocio, e quando o ancião se ergue para soltar um brado de reprovação, se escutarmos esse brado, elle poderá contribuir mais para o verdadeiro progresso do que se os ultimos homens da sociedade extincta saudassem covardemente a victoria das novas idéas; se caminhando para a morte, imitassem os gladiadores de Roma, nos circenses do triumpho, que nesse momento supremo saudavam os Cezares vencedores com aquellas horriveis palavras: «Salve, Cezar!

Foi esta mulher uma alma transmigrada das refinadas civilisações pagans, a metempsycose de algum genio do lar que presidira ás ucharias da Roma dos Cezares. Foi a cozinheira primacial do Porto, onde residia. Tinha sido chamada por D. Antonia Ferreira para dirigir os jantares dados ao barão de Forrester, no Vesuvio. Ali acabou.

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