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E o pote enorme onde cuspinha O truculento Manitu, Sem ninguem vêr, logo á noitinha Vai despejal-o Belzebut. Vai despejal-o, ó crueldade! nessas torridas galés, Onde Deus assa a humanidade No fogo a que elle aquece os pés! Porque, ó eternos desherdados Da raça impura de Cain, Morrendo sois encaixotados Sem agua benta e sem latim.

As Aldeias Beneficios e Philosophia do Sol Disputa As Cathedraes Lycanthropia O Peccado Soneto d'um poeta morto A uma Judia A Visita Palacios antigos Cain A Primavera Accusação a Christo De noute Aquelle sabio Na Taberna Os Lobos Miseria occulta Lisboa A sesta do senhor Gloria Farça triste Madrigal da rua

Virtude, amor, crime, deboche Promiscuamente a fermentar! Mimi Pinson e Rigolboche! Cain e Abel! estrume e luar! Oh, bulimia tenebrosa! Monstruosidade apocalyptica Tudo te serve: ou cancro ou rosa, Ou flôr doirada ou flôr syphlitica. Anjos que vem do paraiso, Candura etherea e perfumada, Feitos d'um beijo e d'um sorriso, N'algum jardim, de madrugada.

E a Rosa era branca, pura, exangue; Pois que como hoje assim Não corrêra sobre ella ainda o sangue Que derramou Cain! Vaes a enterrar nas hervas verde-escuras, Na fria terra, ó santa, que devias Não ter roçado estas paixões impuras, E estas lepras, irmã das cotovias! Vaes a enterrar sob as folhagens frias, Vóz alegre, rir cheio de doçuras!

Terá palmas mais verdes que a Esperança; Mas a alma, em cima, escreverá: Descança! Serpente, irmã de Judas e Cain! Achado nos seus papeis Bem sei que hei de morrer cedo e cansado, Alguma cousa triste em mim o diz, E vagarei no mundo desterrado, Como Dante chorando a Beatriz.

O mesmo Julio teve a coragem de transportar o cadaver para o cemiterio e de ahi lhe prestar as derradeiras homenagens. Como não havia carniça, não appareceu o abutre! Consciencia de Cain é jóia que se mercadeja no alto mercado. Foi mais uma lei do mundo. Convêm, comtudo, registral-a para desafogo de todos nós. Cousas dos Homens

A esta interpellação directa, que o rendeiro disfarçou em uma risada larga e sonora, o remorso fez saltar involuntariamente dos bancos o sargento, e o seu cumplice, como se a voz do sangue chamasse por elles no tribunal de Deus. Á pergunta: Cain que fizeste de Abel, ao brado que a consciencia repetia aos dois, ambos tremeram, mas não poderam responder: não fui eu!

Cain no mundo errante, desterrado, Fugindo á sua dôr cruenta e dura, Morria sobre um valle, abandonado, No sollo primitivo da Escriptura. O remorso esse mal que não tem cura Não abatia o peito allucinado Do que nasceu no seio do Peccado Que herdou depois a géração futura. Do Ceu sem mendigar luz nem consollo Conservava inda erguido e altivo o collo; Mas nessa hora fatal que a todos vem...

Eis-me em frente de ti, eis-me de ti deante cheio d'odio, rancor, com asco, sem respeito, perguntando-te, ó Velho Onde está o Direito? O que fizeste ao Povo, á Consciencia, ao Brio? Onde está o Pudor, rude ancião sombrio? Quem és? Quem és? Quem és?... velho cheio de fel. Onde está ó Cain o teu irmão Abel? Quem és? Quem és?... Ó gloria, ó nome hoje avitado?

Como outr'ora Cain com seu signal maldito, tu vaes errar na Historia, ó vil, de sambenito, mettendo assombro e horror a quem te vir passar.

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