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Mas o padre Amaro, esse, era admirado como um santo. Que piedade! que mansidão! O senhor chantre mandou-o chamar á noitinha, recebeu-o paternalmente com um «viva o meu cordeiro paschal»! E depois de escutar a historia do insulto, a generosa intervenção... Filho, exclamou, isso é alliar a mocidade de Telemacho á prudencia de Mentor!

A sua actividade desenvolvera-se, sobretudo, mal soubera que o conego Dias, o ricaço, estava interessado na «pesquiza». E todos os dias, á noitinha, esgueirava-se cautelosamente pelo portão d'Amaro a dar-lhe as novidades: sabia que o escrevente estivera ao principio em Alcobaça com um primo boticario; depois fôra para Lisboa; ahi, com uma carta de recommendação do doutor Gouvêa, empregára-se no cartorio d'um procurador; mas o procurador, passados dias, por uma fatalidade, morrera de apoplexia; e desde então o rasto de João Eduardo perdia-se no vago, no cahos da capital.

E appareceu, subindo quasi a correr, com os vestidos um pouco apanhados adiante, uma bella rapariga, forte, alta, bem feita, com uma manta branca pela cabeça e na mão um ramo de alecrim. Sobe, filha. Aqui está o senhor parocho. Chegou agora á noitinha, sobe! Amelia tinha parado um pouco embaraçada, olhando para os degraus de cima, onde o parocho ficára, encostado ao corrimão.

Sequiozo, ias beber a agoa da fonte, Quem sabe se uma vez, pela noitinha, Foste ensaiar o mar, deitando a rede, Mas mesmo assim, Senhor! Senhor d'esp'rança! Como devo soffrer perseguições? Ah não! eu não descendo de leões Nem da vil cobra que se vae de rastros, Que concebe e á luz traições!

De na encosta erma e bravia, Triste na encosta erma e bravia, Oh, dor! oh, dor! Largando a enxada, «Ave Maria!...» Resa em silencio... «Ave Maria!...» Fantasma negro, o cavador! Cavou, cavou na serra agreste, D'alva á noitinha em serra agreste... Oh, dor! oh, dor! E um caldo em premio tu lhe deste, Meu Deos!... seis filhos tu lhe deste... Oh, dor! oh, dor!

Os mezes de verão em Lisboa eram depois dolorosos. Não podia sahir, mesmo a espontar o cabello, sem implorar da titi uma licença servil. Não ousava fumar ao café. Devia recolher virginalmente á noitinha: e antes de me deitar tinha de rezar com a velha um longo terço no oratorio. Eu proprio me condemnára a esta detestavel devoção!

Camarada do papá em Vianna, muitas vezes lhe ouvira cantar, ao violão, a xacara do conde Ordonho. Tardes inteiras vagueára com elle poeticamente, pela beira da agua, no Mosteiro, quando a mamã fazia raminhos silvestres á sombra dos amieiros. E mandou-me as amendoas mal eu nasci, á noitinha, em sexta-feira de Paixão.

A dôr, em mim, é canto que murmura; A dôr, em ti, é negra tempestade: Sou a noitinha, e tu, a noite escura! Nele adora somente o que não passa; O que é imortal, perfeito, e no teu sêr

Estranhando que, em todo o dia, elles lhe não tivessem apparecido para palestrar um pouco e fumar um cigarro na sua companhia, quando á noitinha deixou o trabalho, foi procural-os, e soube então que ambos tinham morrido.

As mulheres passam ás vezes na rua, com chales purpuras a rasto; o gato pingado sahe á noitinha, á hora dos morcegos. Mais timido que eu, encontro-o nas escadas a tossir, com o peito escalavrado e rôto. Para que vive esta ralé? Levantam-se derreados, para cavar, para berrar, para que lhes deem um pedaço de pão e se deitam no sepulchro. Caminho sem sonho.