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Ali, onde o mar quebra, n'um cachão Rugidor e monotono, e os ventos Erguem pelo areal os seus lamentos, Ali se ha-de enterrar meu coração. Queimem-no os sóes da adusta solidão Na fornalha do estio, em dias lentos; Depois, no inverno, os sopros violentos Lhe revolvam em torno o arido chão... Até que se desfaça e, tornado Em impalpavel , seja levado Nos turbilhões que o vento levantar...

Apesar de nuas, as salas ainda conservavam sua bellesa severa, e nos eirados e adarves, se não alvejava havia mais de tresentos annos o manto branco dos templarios, se algumas heras, trepando, se balouçavam á mercê do vento, e se as torres e muralhas mostravam a côr adusta, que é para os monumentos o que são as cãs nos velhos, um testemunho irrecusavel de que viram e viveram muito, não se tinham esmorecido, comtudo, nem apagado ainda nenhuns dos vestigios dos grandes dias de lucta.

De como, ás calmas, n'essas excursões, Tinham aguas salobras por refrescos; E amarellos, enormes, gigantescos, batiam o queixo com sesões! Tinham corrido na adusta Hespanha, Todo um fertil plató sem arvoredos, Onde armavam barracas nos vinhedos, Como tendas alegres de campanha. Que pragas castelhanas, que alegrão, Quanto contavam scenas de pousadas!

Eu não: minh'alma humilde mas robusta Entra crente em teu atrio funerario: Para os mais és um vacuo cinerario, A mim sorri-me a tua face adusta. A mim seduz-me a paz santa e ineffavel E o silencio sem par do Inalteravel, Que envolve o eterno amor no eterno luto. Talvez seja peccado procurar-te, Mas não sonhar comtigo e adorar-te, Não-ser, que és o Ser unico absoluto. Contemplação

Despejem-se as chavenas Da atroz beberagem Da côr do selvagem Da adusta Guiné. E a tal folha exotica, Delicias da China, Por nossa sina Trazida de , Servida em familia, N'um morno hydro-ínfuso?... Anathema ao uso Das folhas do chá! Nem tu, ó alcoolico Humor dos lagares, Terás meus cantares, Meus hymnos terás. Embora das amphoras Vasado nas taças, Aos outros tu faças A lingua loquaz.

Não lamentaria a dôr com que a sua fome me apunhala se o visse saciado, mas o sangue não farta e, ainda que eu lhe não recuse o que me resta de vida, sinto-o enfraquecer a mais e mais. não chóra, nem abre os olhos, começa a agonisar, como a planta que o sol mirra na terra adusta. Dai-me o bastante para que elle viva um dia, emquanto eu viva.

quem teme o Não-ser é que se assusta Com teu vasto silencio mortuario, Noite sem fim, espaço solitario, Noite da Morte, tenebrosa e augusta... Eu não: minh'alma humilde mas robusta Entra crente em teu atrio funerario: Para os mais és um vacuo cinerario, A mim surri-me a tua face adusta.

Amortalhei na o pensamento, E achei a paz na inercia e esquecimento... me falta saber se Deus existe! Ali, onde o mar quebra, num cachão Rugidor e monotono, e os ventos Erguem pelo areal os seus lamentos, Ali se hade enterrar meu coração. Queimem-no os sóes da adusta solidão, Na fornalha do estio, em dias lentos; Depois, no hinverno, os sopros violentos Lhe revolvam em torno o árido chão...

Era então alegre como o sol nascente, Mais feliz nos campos do que Deos no altar! Anhos e cabritos, leite rescendente, Pastos tão mimosos, que quizera a gente Transformar-se em ave para os não calcar! Tanto Abril florido, tanta calma adusta, Tantas inverneiras, sem pesar ou dor, Tinham-lhe gravado na expressão robusta Como que uma sombra de grandeza augusta, Junta a uma inocencia matinal de flor.

Trahio-me o gladio em meio do combate E semeei na areia movediça! As nações, com sorriso bestial, Abrem, sem ler, o livro do futuro. O povo dorme em paz no seu monturo, Como em leito de purpura real. Irmãos, amei os homens e contente Por elles combati, com mente justa... Por isso morro á mingoa e a areia adusta Bebe agora meu sangue, ingloriamente

Palavra Do Dia

resado

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