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Atualizado: 20 de setembro de 2025
Fugiamos dos five-ó-clock, das parties bulhentas em complicada companhia. Comecei a amal-a. Tinhamos lido os mesmos livros, sobre elles fallavamos: gostavamos das mesmas musicas, d'esse Schumann cheio de côr, dolente e envenenado; preferiamos aos flamengos gordurosos e aos hespanhoes sombrios, o delicado misterio dos Vinci, a graça fina e brilhante de Raphael.
Entre os bons escriptores da Arte tem João Paulo Lomazo hum dos primeiros lugares; e lê-se nos seus escriptos que o famoso Leonardo de Vinci querendo pintar em hum painel muitas figuras rusticas, e alegres, convidou huns poucos de camponezes engraçados; e em quanto elles comião e bebião foi-lhes contando as cousas mais loucas e ridiculas do mundo; de modo tal que os fez rir desatinadamente: elle observou tudo; e pintando-os depois com os mesmos géstos e attitudes, provocava tanto a riso a pintura, como os mesmos originaes.
Ludovico o Mouro encheu de bens e de glorias a Leonardo Da Vinci; os chefes da aristocratica Republica veneziana não hesitavam quando se tratava de pagar com prodigalidade louca aos seus soberbos pintores. Mas Francisco I, o rei da França a quem se deve a magica de Fontainebleau, esse não sómente adorava a Arte, mas era amigo apaixonado dos artistas.
De quadros de Vieira Lusitano temos antiga noticia de existirem o de Santo Agostinho na portaria do convento da Graça, o de S. Francisco na capella-mór da igreja, o de S. Pedro e S. Paulo em casa dos condes de Povolide, e alguns na igreja dos Paulistas. Entre aquelles inestimaveis quadros havia um de Leonardo de Vinci, alguns de Corregio, de Miguel Angelo, de Salviati, e de Antonio Tempesta.
Isto em quanto á concepção. Em quanto, porém, a certa ordem de sentimentos, que, no ponto de vista epico, são secundarios, mas que occupam um grande logar no poema, para os comprehender faz-nos o snr. Oliveira Martins considerar outro lado da physionomia tão complexa de Camões e da sua época. Com effeito, se Camões é um portuguez do seculo XVI, é ao mesmo tempo um artista da Renascença; d'aqui todo um lado dos Lusiadas, que excede a idéa nacional, e por onde este profundo poema se liga, não já á vida necessariamente estreita d'um simples povo, mas ao vasto movimento do espirito humano nos tempos modernos. Sem este lado, a significação dos Lusiadas seria meramente nacional e local, não europêa e universal: teriam só um valor historico e não philosophico tambem. Mas Camões, portuguez pelo caracter e pelo coração, era pela intelligencia mais do que portuguez sómente. Respirava a atmosphera subtil e vivificante da Renascença: no seu vasto espirito, como no dos grandes artistas d'esse tempo, havia um lado mysterioso e profundo que se virava, não para o passado ou para o presente, mas para o illimitado futuro, presentindo já a revolução moral dos seculos XVIII e XIX. Se Camões, como portuguez é patriota e heroico, como homem da Renascença é pantheista; pantheista platonico e idealista, já se vê, como Miguel Angelo, Leonardo de Vinci, Shakespeare. Portuguez, exalta os feitos por onde o seu povo conquista entre as nações um logar proeminente: homem da Renascença, sente e interpreta a natureza com um naturalismo impregnado de idealidade, que é mais ainda o presentimento d'um mundo moral novo, do que uma imitação da antiguidade pagã. O sentimento pantheista da natureza, sentimento todo moderno, e que devia mais tarde chegar á plenitude em Rousseau, Goethe, Hugo, appareceu pela primeira vez em Camões. D'aqui, o caracter do seu espanto em face dos grandes phenomenos maritimos; d'aqui, a concepção do Adamastor; d'aqui, o sensualismo da primeira parte do canto XI e o idealismo da ultima.
Dante que tudo vê com seu olhar de lynce, A Ceia do Senhor de Leonardo Vinci E Masaccio que tem madonas ideaes, Colombo e Guttemberg e Magalhães e Gama, Bacon que ensina a vida e Erasmo que proclama O rubro alvorecer das sciencias naturaes;
Isto em quanto á concepção. Em quanto, porém, a certa ordem de sentimentos, que, no ponto de vista épico, são secundarios, mas que occupam um grande logar no poema, para os comprehender faz-nos o sr. Oliveira Martins considerar outro lado da physionomia tão complexa de Camões e da sua época. Com effeito, se Camões é um portuguez do seculo XVI, é ao mesmo tempo um artista da Renascença; daqui todo um lado dos Lusiadas, que excede a idéa nacional, e por onde este profundo poema se liga, não já á vida necessariamente estreita de um simples povo, mas ao vasto movimento do espirito humano nos tempos modernos. Sem este lado, a significação dos Lusiadas seria meramente nacional e local, não europêa e universal: teriam só um valor historico e não philosophico tambem. Mas Camões, portuguez pelo caracter e pelo coração, era pela intelligencia mais do que portuguez sómente. Respirava a atmosphera subtil e vivificante da Renascença: no seu vasto espirito, como no dos grandes artistas desse tempo, havia um lado mysterioso e profundo que se virava, não para o passado ou para o presente, mas para o illimitado futuro, presentindo já a revolução moral dos seculos XVIII e XIX. Se Camões, como portuguez é patriota e heroico, como homem da Renascença é pantheista; pantheista platonico e idealista, já se vê, como Miguel Angelo, Leonardo de Vinci, Shakespeare. Portuguez, exalta os feitos por onde o seu povo conquista entre as nações um logar proeminente: homem da Renascença, sente e interpreta a natureza com um naturalismo impregnado de idealidade, que é mais ainda o presentimento de um mundo moral novo, do que uma imitação da antiguidade pagan. O sentimento pantheista da natureza, sentimento todo moderno, e que devia mais tarde chegar á plenitude em Rousseau, Goethe, Hugo, appareceu pela primeira vez em Camões. Daqui, o caracter do seu espanto em face dos grandes phenomenos maritimos; daqui, a concepção do Adamastor; daqui, o sensualismo da primeira parte do canto XI e o idealismo da ultima.
O marquez recolhera-se á bibliotheca onde dispunha a sua collecção de estampas, por que dia a dia se apaixonara mais. Vinham da Italia e da Allemanha e da França e da Inglaterra em rolos, em caixotes, que os agentes enviavam, ás dezenas. Reunira uma preciosa collecção de aguas-fortes de Rembrandt e as gravuras de Dürer; tinha desenhos de Vinci, de Raphael, esboços de Ticiano e de Ribera.
E tanto a amava, e tanto a tinha presente quando não a via, que o seu pincel a reproduziu espontaneamente na Bella Jardineira, a primeira Virgem de Raphael, quadro admiravel conservado ainda hoje na galeria do Louvre. Era o cartel atirado a Miguel Angelo e a Leonardo de Vinci. Estava travada a lucta entre os poderosos athletas.
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