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Atualizado: 6 de maio de 2025


De olhos profundos, a fitar o chão, Esfíngicos como índicos teósofos, Olhái os cismadôres da soidão, Em filosófica meditação... Coitados dos filósofos! Mais dois passos acima, dois passos, E atingirêmos a região querida Onde palpita , sob os espaços, A luz da eterna vida...

a mão, que não aperta Grilhão de escravo, disperta Na arte tal magestade, Tal sentir e tal verdade Vêde essa fronte inspirada Do artista, allumiada Ao clarão da liberdade! Estes versos appareceram pela primeira vez publicados com o pseudonymo de Carlos Fradique Mendes. Estranha apparição Que em minhas noites vejo, Ó filha do desejo! Ó filha da soidão!

Longe, por esse azul dos vastos mares, Na soidão melancolica das aguas Ouvi gemer a lamentosa Alcyone, E com ella gemeu minha saudade. Muita da nossa melhor litteratura são chronicas de viagem e poemas d'amor.

Por isso o nosso poeta exclama, n'um impeto de dôr sincera e tragica: Ouve tu, meu cançado coração, O que te diz a voz da Natureza «Mais te valera, e sem defeza, Ter nascido em asperrima soidão! Ter gemido, ainda infante, sobre o chão Frio e cruel da mais cruel deveza, Do que embalar-te a Fada da Belleza Como embalou, no berço da Illusão!

Eurico, Eurico, ó pallida figura, Lastimoso, romantico levita, Que nos serros do Calpe em noite escura Ergues as mãos á abobada infinita; Rasga a pagina santa da Escriptura; O espirito de luz que em nós habita não consente essa ideal loucura Que faz do amor uma paixão maldita. Deixa a soidão dos montes escalvados; Não soltes mais os threnos inflamados, Nem tenhas medo ás garras do demonio.

Tua voz rara e esse ar vago e esquecido, Tudo me diz a mim, e assim o creio, Que para isto tinhas nascido! Voz do Outomno Ouve tu, meu cançado coração, O que te diz a voz da Natureza: «Mais te valera, e sem defeza, Ter nascido em asperrima soidão,

Que noite tão completa! Que acerba dôr me inquieta Meu fragil coração!... Voltar a vêr a alma D'esperanças povoada, E achal'a transformada Em lugubre soidão! Senhor! se desabassem Á tua vóz as bellas E limpidas estrellas Dos ceus que não teem fim, Eu creio que assombrado Do horrendo cataclysmo, O Sol, d'além do abysmo, Seria egual a mim!

Uma empresa tamanha não lhe é dada: Feitura d'estes quadros, Deus somente Em Sua Omnisciencia fazer póde!!.. E assim meditando Na vasta Natura, As nossas idéas Pareciam ser Uma factura. Amámos do campo A magna belleza; Amámos dos bosques A tanta soidão, Tanta singeleza! Enlevados gozámos assim A mais terna, a mais dôce emoção, Engolfados em idéas que, juntas, Pareciam de um coração!

Soidão callada pela terra alarga-se Preludio augusto da nocturna voz; Em doce enlevo, scisma o homem statico Em Deus, comsigo meditando a sós. Hora saudosa de incerteza mystica, De lucta harmonica entre sombra e luz. Por ti nos desce sobre o seio ardente A santa crença que p'ra Deus conduz!

Surge o vento, Surge e perpassa esquivo e inquieto, Como quem traz algum pezar secreto, Como quem soffre e cala algum tormento. E dizem os captivos: Que tristezas, Que segredos antigos, que desditas, Caminheiro de estradas infinitas, Te levam a gemer pelas devezas? Tu que procuras? que visão sagrada Te acena da soidão onde se esconde?

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