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Atualizado: 12 de junho de 2025
Por ti do manso gado, Como de mi, não curo, Por não fazer offensa a teus amores. Os jogos dos pastores, As lutas entr'a rama, Nada me faz contente: E sou ja do que fui tão differente, Que quando por meu nome alguem me chama, Pasmo, porque conheço Qu'inda comigo proprio me pareço.
Póde tomar o vosso nome dino Damão, por honra sua clara e pura, Como ja do primeiro Constantino Tomou Byzancio aquelle qu'inda dura. E tu, Rei, que no Reino Neptunino, Lá no seio Gangetico a Natura Te aposentou, de ser tão inimigo Deste Estado não ficas sem castigo.
Hum Dom, que anda enxertado No nome, e nas obras não. Fallo como exprimentado; Que sitim desta feição Eu tenho muito cortado. Dizem-me qu'era amarello; E quem assi o quiz dar, Só para me Deos vingar, Se vem á mão amarê-lo, O qu'eu não posso cuidar. Quem vos isto diz, Senhora, Servio nas vossas armadas Muito, mas anda ja fóra; E póde ser qu'inda agora Traz abertas as fréchadas.
Feliz, ai! tão feliz qu'inda á lembrança, D'esses dias de amor e de ventura, De paz e de esperança, Se anima, e vê sorrir na noite escura, Um reflexo da estrella resplendente Que uma vez lhe brilhou serena e pura; Inda a sombria nevoa do presente Se rarefaz, se esvai, e se illumina Tudo a seus olhos de uma luz divina! Oh! tu lembras-te bem d'aquelle dia!
Se no que tenho dito vos offendo, Não he a intenção minha de offender-vos; Qu'inda que não pretenda merecer-vos, Não vos desmerecer sempre pretendo. Mas he meu fado tal, segundo entendo, Que, por quanto ganhava em entender-vos, Não me deixa atégora conhecer-vos, Por a mi proprio m'ir desconhecendo. Os dias ajudados da ventura A cada qual de si dão desenganos, E a outros soe da-lo a desventura.
Os gostos, que tantas dores Fizerão ja valer menos, Não os acceita pequenos, Quem nunca teve maiores: Bem parecem vãos favores, Pois tão tarde me quereis, Qu'inda me não conheceis. Offereceis-me alegria, Tendo-me ja cego e mouco: He baixeza acceitar pouco, Quem tanto vos merecia. Ide-vos por outra via, Pois o bem que me deveis, Nunca mo satisfareis.
Amor cego e triste, Quem o tẽe padece: Mal quem lhe resiste! Mal quem lhe obedece! No meu mal esquivo Sei como Amor trata: E pois nelle vivo, Nenhum amor mata. Foge-me pouco a pouco a curta vida, Se por caso he verdade qu'inda vivo; Vai-se-me o breve tempo d'ante os olhos; Chóro por o passado; e em quanto fallo, Se me passão os dias passo a passo. Vai-se-me, emfim, a idade, e fica a pena.
Nunca pude crer O que agora creio: Cegou-me o prazer Do mal que me veio. Ah ventura minha, Como me negaste! Hum so bem que tinha, Porque mo roubaste? Triste fantasia Quanta cousa guarda! Quem ja visse o dia, Que tanto lhe tarda! Nesta vida cega Nada permanece; O qu'inda não chega, Ja desaparece. Qualquer esperança Foge como o vento: Tudo faz mudança, Salvo meu tormento.
Por filho me criou: a flor da idade Gastei em o servir por teu respeito: Ólha o que te merece esta vontade. Se com ser isto assi tenho êrro feito Em grangear-te; que a ti só desejo; Eis este ferro aqui, eis este peito. Isto ouvindo, mostrou hum ledo pejo, Pondo os olhos no chão, formosa e branda; E cuido qu'inda assi nos meus a vejo. Disse-me: Em que revoltas o amor anda!
Nunca em prazeres passados Tive firmeza segura. Antes tão arrebatados, Qu'inda não erão chegados, Quando mos levou ventura. E como quem desconfia Ter em tal sorte mudança, No meio desta porfia, De quanto bem pretendia Foi-se gastando a esperança. Não tive por desatino A occasião de perdella; Mas foi culpa do destino, Que a ninguem, como mais dino, Amor pudéra sostella.
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