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Atualizado: 23 de outubro de 2025


Mas se d'esta alma triste A negra escuridão vencer quizeste, Sabe qu'em vão nasceste; Que para desfazer-se a nevoa escura De meus olhos, importa estar presente Outro sol, outra aurora, outro Oriente. Se a luz de meu Planeta, Não m'aviva, Canção, branda e quieta, Qual flor de chuva, em breve consumida, Verás desfeita em lagrimas a vida.

Isto são claros sinais Do muito qu'em mi podeis: Nem podeis desejar mais; Que se ver-vos desejais, Em mi claro vos vereis. E quereis ver a que fim Em mi tanto bem se pôs? Porque quiz Amor assim, Que por vos verdes a vós, Tambem me visseis a mim. Dos males que m'ordenais, Qu'inda tenho por pequenos, Sabei, se mos escutais, Que ja não sei dizer mais, Nem vós podeis saber menos.

Deixae-o vós doudejar. Se meu pae, ou meu irmão, O vierem a aventar, Não ha elle de folgar. Deos meterá nisso a mão. Ora hi polas almofadas, Que quero hum pouco lavrar; Por ter em que me occupar; Qu'em cousas tão mal olhadas Não se ha o tempo de gastar. Que cousa somos mulheres! Como somos perigosas! E mais estas tão viçosas Qu'estão á boca que queres E adoecem de mimosas!

Aquillo que a rudeza D'huma sciencia agreste lh'ensinára, Disse, qual se em tal ponto despertára D'horrendo sonho com pezado grito. O mais que alli foi dito, Vós, montes, o direis, e vós penedos; Qu'em vossos arvoredos anda escrito.

Hia por todo o mundo divulgando Extremos desta virgem soberana, Aquella formosura celebrando Com que Amor cego a tanta vista engana: Mais hia a d'alma sua publicando, Porqu'era mais divina do que humana: Ja d'huma, e d'outra ja dizia tanto, Qu'em huns criava amor, n'outros espanto.

Que ja diante os olhos me descrevem, Quando as bocas da Fama voadora Ao patrio e claro Tejo as novas levem, A profunda tristeza; qu'em hum'hora Tal posse tomará dos altos peitos, Que delles o discurso lance fóra. Alli de dor os corações sujeitos Hão de lançar de si toda a memoria D'exemplos claros, solidos respeitos.

Dotou em vós natureza O summo da perfeição; Que o qu'em vós he senão, He em outras gentileza: O verde não se despreza, Que, agora que vós os tendes, São bellos os olhos verdes. Ouro e azul he a melhor Côr, por que a gente se perde; Mas a graça desse verde Tira a graça a toda côr. Fica agora sendo a flor A côr, que nos olhos tendes, Porque são vossos e verdes.

E nenhum'outra cousa mais desama, Que a si, se qu'em si ha algum sentido, Que deste fogo insano não se inflama. Em este doce engano estava agora Fallando como em sonho, mas achando Ser vento o que sonhava, grita e chora. Não póde quem quer muito, ser culpado Em nenhum êrro, quando vem a ser Este amor em doudice transformado.

A novidade vendo manifesta Do sítio, e como as árvores co'o vento As calmas defendião da alta sesta; Das aves o lascivo movimento, Qu'em seus modulos versos occupadas As azas dão ao doce pensamento; Tendo notado tudo, ja passadas As horas da grã sesta, se tornou A buscar as irmãas, no centro, amadas.

Os Physicos, Senhor, não; Que os males qu'em mi estão, São curas que me sobejão. Deite-se; que na verdade Hum corpo, deitado e manso, Descansa á sua vontade. Senhora, esta enfermidade Não se cura com descanso. Todavia, bom será Que lhe fação huma cama. Vamos, filho, para dentro, Em quanto a cama se faz: Repousae como capaz; Que a mi me no centro A pena que assi vos traz.

Palavra Do Dia

arnozo

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