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Atualizado: 23 de novembro de 2025


Confesso que conheço Qu'em parte a causa dei Ao mal em que me vejo, Pois sempre o meu desejo A tão largas promessas entreguei; Mas não tive suspeita Que seguisseis tenção tão imperfeita.

Oh presença mais querida Que quantas formou Amor! Isto he verdade, Senhor? Acabe-se aqui a vida, Por não ver prazer maior. Pois esta hora de vos ver Alcançar, Senhora, pude; Para mais contente ser, Conformem co'este prazer Novas de vossa saude. Vida foi pezada e crua A saude qu'eu sostinha; Qu'em quanto, Senhor, a tinha, Temer perigo na sua, Me fez descuidar da minha.

Averguenza su patria y rico Tajo, Que por ella hombres lleva, mas que arena, De que paga al infierno gran tributo. Conheço o muito a que se atreve a vista, O quanto se levanta o pensamento, O como vou morrendo claramente; Porém não quer Amor que lhe resista, Nem a minh'alma o quer; qu'em tal tormento, Qual em gloria maior está contente.

Porque eu tenho parentes, Que me podem bem casar; E mais que não quero andar Agora em boca de gentes A quem s'elle vai gabar. Senhora, mal conheceis O que vos quer Duriano: Sabei-o, se o não sabeis, Qu'em sua alma sente o dano Do pouco que lhe quereis; E que outra cousa não quer, Que ter-vos sempre servida. Pola sua negra vida, Isso havia eu bem mister. Vós sois desagradecida!

Huma árvore se conhece, Que na geral alegria Ella tanto s'entristece, Que, como he noite, florece, E perde as flores de dia. Eu, qu'em ver-vos sinto o preço Qu'em vossa vista consiste, Em a vendo m'entristeço, Porque sei que não mereço A glória de ver-me triste. Hum Rei de grande poder Com veneno foi criado, Porque, sendo costumado, Não lhe pudesse empecer, Se despois lhe fosse dado.

Se o lugar se considera Do alto estado, que vos deu A sorte, qu'eu mais quizera; Se he qu'eu sou quem d'antes era, Retrato, vós não sois meu. Vós na vossa glória pôsto, Eu na minha sepultura, Vós com bens, eu com desgôsto; Pareceis-vos ao meu rosto, E não ja á minha ventura. E pois nella e vós errarão O qu'em mi he principal, Muito em ambos s'enganárão.

Qu'eu por ter, formosa Dama, A doença, qu'em vós vejo, Vos confesso, que desejo De cahir comvosco em cama. Se consentis, que me vença Deste mal, não houve gente Da saude tão contente, Como eu serei da doença. Olhae que dura sentença Foi amor dar contra mi! Que porqu'em vós me perdi, Em vós me busque a doença.

Ah se o supremo fôras desta vida, Qu'em ti se começára a minha glória! Mas como eu não nasci para ter glória, Senão pena que cresça cada dia, O ceo m'está negando o fim da vida, Porque não tenha fim com ella o damno: Para que nunca possa ser contente, Da vista me tirou aquella vista.

Senhora, não hajais medo: Contae-m'isso, e far-me-hei mudo. Senhor, o homem sisudo, Se em taes cousas tẽe segredo, Saiba que alcançará tudo. A Senhora Dionysa Crede que mal vos não quer: Não vos posso mais dizer. Isto tende por balisa Com que vos saibais reger. Qu'em mulheres, se attentais, O querer está visibil; E se bem vos governais, Não desespereis do mais, Porque, emfim, tudo he possibil.

Em pena tão sem medida, Em tormento tão esquivo Que morra, ninguem duvída; Mas eu se morro, ou se vivo, Nem morro, nem tenho vida. Mote. A morte, pois que sou vosso, Não a quero; mas se vem, Ha de ser todo meu bem. Glosa. Amor, qu'em meu pensamento Com tanta se fundou, Me tẽe dado hum regimento, Que quando vir meu tormento Me salve com cujo sou.

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