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Nesse momento passos mais rapidos e mais pesados que os dos dous fidalgos começaram a soar na sala contigua: quem quer que era passeava também. Dos olhos de D. Fernando saíam dous tenues reflexos; eram os raios da lua que se espelhavam em duas lagrymas. A raínha, alevantando-se então, disse ao donzel: "Nunalvares Pereira, vêde quem está nessa sala."

Duas lágrimas saltaram dos cansados olhos de D. Leonor. E dobrando os joelhos, levantando a alma toda para o céu, onde a lua se começava a levantar, murmurou, numa infinita mágoa e : Oh! Santa Virgem do Pilar, Senhora minha, vela por nós ambos, vela por todos nós!...

Não brilha o sol, Nem póde a lua Brilhar na sua Presença d'ella!.. Nenhuma estrella Brilha deante Da minha amante, Da minha amada! A madrugada Quanto não perde! O campo verde Quanto esmorece! Quanto parece A voz da ave Menos suave Que a sua falla! A flôr exhala Menos perfume Do que é costume O seu cabello! Que basta vêl-o, Prende-se a gente! Prende-se e sente Gosto ineffavel!

Eu amo a noite ás horas socegadas Que o Senhor manda á terra, como balsamo A tanta dôr que a punge, e o sol do dia Parece escarnecer com tanto brilho, Nem sabe respeitar; quando o silencio Com manto protector envolve os tristes, Os que choram saudades; quando o orvalho Refresca o seio á flôr, e em cada balsa A viração prepassa suspirando; Quando é mais puro o ár, mais doce a brisa, Mais sumidos, mais vagos os rumores, E detraz da montanha, saudosa Como a virgem dos sonhos, surge a lua.

Estavam a dar quatro horas da manhã, e silenciosas nevoas vindas do mar cobriam lentamente o céo de pallidos vapores, toldando a lua poente, e alongando-se para o interior da terra em farrapanas obliquas, que incineravam phantasticamente os bairros afastados.

Um guarda da alfandega levava-lhe o violão; e emquanto o commendador e outro amigo da casa, o Margaride, doutor delegado, se embebiam n'uma partida de gamão, e D. Maria do Patrocinio rezava em cima o terço o papá, na varanda, ao lado de D. Rosa, defronte da lua, redonda e branca sobre o rio, fazia gemer no silencio os bordões e dizia as tristezas do conde Ordonho.

E disse-lhe: Bem perto d'esta rua dar-te-hão, ó mendigo, uma guarida, não dormirás á lividez da lua e terás leito onde acabar a vida. Se a Sorte t'esmagou, a Sorte crua, ergue a cabeça pallida e abatida, e ri contente, ó triste, para a eça, que em breve vai findar a tua peça! A mulher ajudou a levantal-o. Cingiu o braço ao Genio moribundo.

Mas os reis ficaram sabendo o segredo da porta... Nenhum porém entrou, porque dizem prophecias muito antigas que aquelle que aqui entrar morrerá antes d'uma lua nova. Esta é a verdade, homens das estrellas. Entrai agora!

Vae alta a Lua branca, serena, silenciosa Da luz dos Boulevards, fugindo desdenhoza.

A alegria de Deus, o aspirar das fragrancias celestes, a toada suavissima dos hymnos dos anjos, descem a ella nos raios do sol quando nasce e quando desapparece; tremulam no espelhar-se da lua nas aguas; misturam-se no cicio das arvores; entretecem-se com os mil gemidos da noite; vivem nas affeições domesticas, e sanctificam o primeiro bater do coração pelo amor.

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