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Atualizado: 3 de junho de 2025
Na minha terra, por este tempo, os rouxinoes são aos cardumes! O Gonçallinho Jervis sublinhou com um olhar, que me enviesou, os cardumes de rouxinoes, que tinham saído da bocca do brazileiro. Mas o Leotte aproveitou logo a occasião para perguntar: Então v. ex.ª é portuguez?
Tivemos que esperar á porta do Passeio Publico, que era o ponto de reunião, rendes-vous dizia o Leotte, que o Vasconcellos fosse alugar o char-
Pegou, é que ha de ser. Elle disse «Fogo pagou». E ha de ser assim. Julgavas então que no Brazil eram as rôlas que davam o signal de incendio! Novas gargalhadas. O Leotte lembrou que já passava das oito horas. Se não havia de ser elle que o lembrasse! Desandamos para o Victor, porque havia chegado o momento de começar o nosso sarau litterario com a assistencia do brazileiro e de sua esposa.
Coisas realmente espantosas. Dissera-lhe a Rosa que seu pai, D. Alvaro de Alarcão, era natural da Beira Alta. Então a menina nasceu lá? perguntára-lhe o Leotte. Não, senhor. Eu nasci no Porto. Como foi então isso? Meu pai, que era morgado... Morgado de que? De Muxagata. De Muxagata?! Está bem certa d'isso!? Muito certa. Meu pai fugiu para o Porto com uma fidalga de Lamego. E depois?
Vou, antes que me esqueça, dar forma ao outro conto que pensei pelo caminho. Ah! A morte do bibliophilo? Pois vae, e ámanhã o lerás. Ia eu para deitar-me, quando o Leotte, muito intrigado ainda com a historia de D. Maria de Alarcão, entrou no meu quarto, procurando certificar-me de que, para desenvencilhar mysterios de mulheres, tinha elle faro como ninguem.
O Leotte, que tinha voltado á sala e ouvido o final da historia, perguntou: Da D. Christina nunca mais soubeste! Expludiu uma gargalhada geral. Olá! exclamei. Que novas nos trazes da tua exploração? Por ora... nada. Mas opportunamente farei o meu relatorio. Pois o mesmo não posso eu prometter a respeito da D. Christina. Nunca mais soube d'ella.
A atmosphera aqueceu; o proprio orador estava vibrante, excellentemente disposto. Que contasse a historia do conde, que ainda era cedo. Que contaria, mas que precisava primeiro um copo de cognac. Veio cognac para todos. Pois então, meus caros, disse o Leotte, ahi vae a historia do conde. Silencio geral. Imaginem vocês que é o proprio conde que está falando. Eu lhe conto, disse-me o conde.
Pois eu, disse ella, vinha com medo ás noites de Cintra, que principalmente n'esta época do anno devem ser horrorosas de comprimento. Mas o Araujo tem passado agora peor, e o medico aconselhou-o a que viesse tomar os ares de Cintra. Pois se v. exas. nos quizerem dar essa honra, acrescentou o Leotte sempre amabilissimo, poderão concorrer aos nossos serões. Da melhor vontade.
D. Christina, espirito forte, desatou a rir, e como já estivessem sobre a mesa dois baralhos de cartas, foi ella propria que os abriu, dizendo e abancando: Vamos a isto, meus senhores. Leotte arrastava discretamente a aza a D. Christina, mas enganára-se quanto á presumpção de, como César, chegar, ver e vencer.
Tanto mais que o Araujo precisa muito distrair-se. V. exas. demoram-se? Fazemos tenção de ir ámanhã embora, respondeu o Vasconcellos na qualidade de chefe da caravana. Não é sangria desatada, minha senhora, atalhou o Leotte. E de mais a mais ainda nem sequer ouvimos os rouxinoes. O Vasconcellos, sorrindo, encolheu os hombros.
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