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Atualizado: 3 de julho de 2025
Ainda não chegámos, e já tratamos do regresso! Se aqui fossem nove francezes... Ou quatro portuguezes e cinco francezas... reticenciou o Leotte, sempre propenso ao eterno thema feminino. Lembrem-se vocês da historia do nosso amigo conde, quando esteve nos Pyreneos. Ao menos lá não lhe faltavam mulheres!
Depois de um terceiro dia passado no mais delicioso pantheismo vadio de que ha memoria, e em que o Leotte, sempre intrigado com a historia da criada, houve por bem, malgrê lui, acompanhar-nos, reunimo-nos, depois de jantar, no salão do Victor para continuarmos os nossos serões litterarios, a que, seja dito de passagem, já todos mais ou menos iamos tomando gosto.
E agora é chegado o lance capital d'esta novella, que talvez pareça inverosimil como um antigo romance de Ponson, mas que é tão verdadeira, que ainda hoje póde ser testemunhada por mais de meia duzia de pessoas. Teve sobeja razão o Leotte para nos communicar cheio de assombro que a sua descoberta, segundo as ultimas revelações da Rosa, excedia a que eu acabava de fazer. O que iria elle contar?
Que de mais a mais o Maldonado não era baldo de gosto litterario: conhecia os poetas gregos, lia muito Theócrito. Que, finalmente, contasse alguma coisa obrigada a Theócrito. Muito instado, cedeu. Pois ahi vae um caso, offerecido ao Leotte. Oh! Uma lição de moralidade para quando elle fôr avô. Que genero? Genero realista. Eu, infelizmente, não tenho a imaginação do nosso Gonçallinho.
Mas a verdade era que, afastada a questão de assumpto, o Gonçallinho Jervis lográra dar á sua narrativa uma forma litteraria, que revelava um escriptor. Do Leotte sabia o Vasconcellos que não viriam phantasias, fabulações romanticas; que, pelo contrario, quando o Leotte falasse, seriam assumpto obrigado as mulheres.
Desço até á Sé Velha, entro na rua do Correio, aproximo-me de casa e vejo á minha porta, cada um de seu lado, os dois cães que eu concertei, e que me iam dar os parabens! Aqui teem os senhores o que é a intelligencia do cão. Tal foi exclamava o Leotte enthusiasmado a improvisação do grande, do immortal Barcellos n'uma noite da botica. E todas as outras noites eram assim. Ó homem! atalhei eu.
Não era o nosso amigo Leotte homem que, em se tratando de uma mulher, curasse por informações. Queria vêr a brazileira: ficou. Já não é nova disse-nos elle mas considero-a ainda acirrante. Dou-lhe quarenta annos, pouco mais, e está menos mal conservada. Bonitos olhos, bons dentes, cabello magnifico. Reforçada de carnes, sem se poder dizer nutrida.
E affirmava o Vasconcellos que tinha visto as figuras do Tejo e Douro dizerem-nos adeus de dentro do Passeio, muito rapioqueiras. Nunca, dizia o Leotte, nunca se fez uma partie de plaisir tão honesta. Nove homens... apenas! Querias mais! replicava o Vasconcellos fazendo-se desentendido. Não cabiam cá. Olha o pobre Gonçallinho, o nosso doce pagem, que teve de ir na almofada ao pé do cocheiro.
Precisava portanto que um de nós, o Maldonado, mudasse de aposento, porque occupava justamente o que preenchia aquellas condições. Despachado favoravelmente o requerimento, logo. A uns alegrou e foi d'este numero o Leotte a chegada de novos hospedes, especialmente de uma mulher; a outros, que estavam saboreando a liberdade da solidão, contrariou a noticia. Eu pertencia a estes ultimos.
A burro e á Pena! insistiu. Os burriqueiros, que nos tinham feito um verdadeiro cêrco, largaram a correr para ir buscar os burros. Emquanto esperavamos, dizia-me em tom de confidencia o Leotte: Já perguntei no Victor, e não ha lá hospeda nenhuma. Mas ha criadas, ao menos.
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