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Atualizado: 3 de julho de 2025
Este processo da moralidade pelo fedor não deixa de ser convincente. Disse isto uma vez ao Gonçallinho. E elle, muito despeitado, chamou-me barbaro. No dia seguinte, quando recolhemos para jantar, soubemos pelo Leotte, que tinha ficado de atalaia, tudo o que se passára com relação á chegada dos dois novos hospedes o brazileiro e a mulher.
Pois então, disse a mulher do brazileiro levantando-se da mesa, eu e meu marido faremos parte do auditorio. Não é assim, Araujo? Sim, filha, como tu quizeres. O Leotte, despedindo-se: Os nossos saraus litterarios principiam depois das oito horas da noite, na sala de visitas. Até logo, disse a mulher do brazileiro saindo da sala de jantar, seguida pelo marido.
Foi pois elle mesmo que se offereceu para contar um episodio da sua viagem a Thomar. Tambem já vi Thomar, observou o brazileiro; é bonito, mas não chega aos calcanhares do Minho! Pois isto que vou contar, acrescentou o Leotte, aconteceu no principio de julho, ha tres annos. Ha seis é que eu lá estive, ponderou o brazileiro. Vamos a ouvir a historia, disse madame Araujo.
Começado por ti e acabado por mim! observou orgulhosamente o Leotte. Tens razão. O que eu não sei, disse-me o Vasconcellos, é como tu e os teus collegas em lettras teem o condão de encontrar sempre um romance em toda a parte! Sempre, não. Poucas vezes até o acaso poderá ter fornecido um tão completo romance. Este a mim mesmo me surprehende. Sim.
O Leotte estava triumphante: que não se tinha enganado; que já iamos vendo que quem tinha razão era elle, porque o proprio Victor confessára que a Rosa não era tão grosseira como as outras criadas. E alegre por esta revelação, teve ainda menos duvida do que a principio em contar uma tolice qualquer que lhe lembrasse, dizia elle. Vou-vos dizer um caso engraçado e verdadeiro, annunciou o Leotte.
Sim, minha senhora, respondeu o Leotte, muito agraciado do semblante. Entretidos a contar historias. Da carochinha? perguntou ella com o mesmo tom de ironia. Então o Leotte explicou largamente o compromisso, que todos nós haviamos tomado, de contar uma historia ao serão para aligeirar as noites de Cintra. Tanto o brazileiro como a mulher acharam muita graça a mais esta excentricidade.
O Leotte descrevera com exactidão e verdade o typo da brazileira. Era, effectivamente, o que se costuma chamar umas bellas ruinas. Não dessas ruinas brutalmente realisadas por um cataclismo, que não deixa pedra sobre pedra; mas as que o tempo lentamente costuma ir augmentando e dulcificando com um vago perfume de poesia do passado.
Todos eram de opinião, quanto á mulher, que ella representava umas ruinas muito menos antigas que as do convento do Carmo, mas não menos pittorescas. O Leotte já era de esperar exagerava a belleza da brazileira, como todos lhe chamavamos, e acrescentava que, quem quer que ella fosse, vinha da escóla da experiencia, da escóla pratica do mundo. Era abelha-mestra, concluia elle.
Nas Caldas das Taipas ou de Vizella, que um anno por outro visitei de passagem? Deus meu! Era certo que eu tinha visto aquella mulher, mas não podia lembrar-me onde nem quando. Dominado por esta preoccupação, passei todo o jantar. Procurava observar a brasileira sem comtudo offender a susceptibilidade do marido. Elle não repelliu a conversação em que principalmente o Leotte o queria envolver.
E o Leotte, quando viu entrar a rapariga, alternou os seus olhares de guloso entre a brazileira e a criada, parecendo vacillar entre as cerejas frescas que os labios da rapariga imitavam, e o carmim que artificialmente coloria a bocca da brazileira, já um pouco fatigada... de beijar canonicamente tres maridos.
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