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Mas um certo excesso de anneis de preço, enfiados nos dedos tambem excessivamente jaspeados de pós de arroz, prejudicava um pouco o bom gosto da toilette. De mim para comigo dizia eu: « vi estas mãos e estes anneis, não sei onde!» A mulher do brazileiro mostrava-se encantada com a surpresa de um sarau, que a nossa excentricidade, como ella disséra, lhe havia preparado.

A clepsidra marca a hora de sexta nocturna, e ainda dura o sarau no solar do conde de Biscaia; porque a nobre condessa e o gentil Astrigildo assistem ás danças e jogos dos libertos e servos, que para elles espairecerem folgam na sala d'armas. Mas n'um aposento baixo do solar um homem está em com um punhal na mão, olhar furibundo, e o cabello eriçado, parecendo escutar longinqua toada.

Essa era a grande belleza do saráu, a rainha Guinevra, uma irlandezasinha com as duas tranças negras e os olhos verdes como os prados d'Erin.

E agora os corpos emergiam tambem, robustissimos corpos cobertos de saios de malha ferrugenta, apertados por arnezes d'aço lampejante, embuçados em fuscos mantos de revoltas prégas, cingidos por faustosos gibões de brocado onde scintillavam as pedrarias de collares e cintos; e armados todos, com as armas todas da Historia, desde e clava gôda de raiz de roble errissada de puas, até ao espadim de sarau enlaçarotado de seda e ouro.

Áquelle perspicaz e diligente magistrado poucos dias haviam bastado para preparar um sarau digno della, uma sentença de morte. A prova da sua perspicacia e diligencia estava em ter no caminho da forca os desgraçados, cuja sentença vinha trazer confirmação real.

D. Joanna não permittia que no seu paço, diz D. Bernarda Pinheiro, se fizessem jogos nem momos de vaidades; se queria ter sarau, fazia-o quando seu pae e irmão lh'o vinham dar e ter com ella. E com elles, duques, marquezes, condes e todos os outros senhores e fidalgos, os quaes como a paço d'uma princeza, não tendo outra, vinham assim desenfadar.

"Não te afllijas, Leonor: disse D. Fernando, apertando-a ao peito. Que nunca mais eu o veja, e viva, se podér, em paz!" Mas as lagrymas correram ainda com mais abundancia e amargura. O resto daquelle dia foi triste: triste o banquete e o sarau. A atmosphera em que respirava a nova rainha tinha o que quer que era pesado e mortal, que resfriava todos os corações.

Foi no radioso e, para elle, inolvidavel sarau de 13 de agosto de 1894, tão cheio de galas e d'esplendores, e em que a unica nota discordante, gentilmente perdoada pela benevola assistencia, foi precisamente devida á palavra pallida e sem louçanias do ephemero e arrojado orador que alli appareceu nem elle se lembra bem como! a dizer de José Estevão e da sua grande eloquencia.

D. Julia, no desvão da sacada, ciciava com a sua amiga um dialogo apparentemente gélido e remoto do interesse que era de presumir em tão festivo sarau. Durante o chá, animou-se aquelle palco da comedia humana.

O infante Affonso Henriques, o Espadeiro e os dous pagens, de joelhos, ouviam missa com profunda devoção. Era noite. Em uma das salas mouriscas dos nobres paços de Coimbra havia grande sarau.