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Atualizado: 20 de junho de 2025
Todos os recostos dos outeiros se cubriam da mesnada espalhada, como palanques em tarde de justa. Sobre uma rocha mais lisa, que dous magros espinheiros toldavam de folha rala, um pagem estendera pelles d'ovelha para o Snr. D. Pedro de Castro, para o senhor de Santa Ireneia. Mas só o velho Castellão se accommodou, para uma repousada delonga, desafivelando o seu corselete de ferro tauxeado d'ouro.
E Gonçalo enrugou a face, a sua risonha e lisa face, para declarar seccamente que Corinde não pegava com Santa Ireneia: que entre as duas terras corria muito justificadamente a ribeira do Coice: e que o Sr. André Cavalleiro, e sobre tudo Cavallo, era um animal detestavel que pastava na outra margem! O sobrinho do Bispo saudou e exclamou: Sim senhor, boa piada!
Agora era a quadra de Gutierres Ramires, na Palestina, sobre o monte das Oliveiras, á porta da sua tenda, deante dos Barões que o acclamavam com as espadas nuas, recusando o Ducado de Galiléa e o senhorio das Terras d'Além-Jordão. Que não podia, em verdade, acceitar terra, mesmo Santa, mesmo de Galiléa... Quem já tinha em Portugal Terras de Santa Ireneia! Boa piada! murmurou Gonçalo.
Depois quedou, saudou humildemente Tructesindo Ramires, o velho Castro, como a julgadores no seu Estrado de julgamento. Aviae, aviae! bradava o Senhor de Santa Ireneia.
Se bem me lembro quando você chegou a Coimbra, para os Preparatorios, viveu na casa do Cavalleiro, na rua de S. João... Pois não ha uma amizade tradicional, quasi historica, entre Ramires e Cavalleiros?... Eu pouco conheço Oliveira, nunca andei para os vossos sitios; mas até creio que Corinde, a quinta do Cavalleiro, pega com Santa Ireneia!
Atirou, n'um repellão, a cadeira de couro; cravou, com furor, um charuto nos dentes; e abalou da livraria, batendo desesperadamente a porta, n'um tedio immenso da sua obra, d'aquelles confusos e enredados Paços de Santa Ireneia, e dos seus avós, enormes, resoantes, chapeados de ferro, e mais vagos que fumos.
Então Tructesindo, sobre o seu murzello, recebeu do velho Ordonho a espada, de que tão terrivelmente se apartára. E estendendo a reluzente folha para as torres da sua Honra como para um altar, bradou: Muros de Santa Ireneia, não vos torne eu a vêr, se em tres dias, de sol a sol, ainda restar sangue maldito nas veias do traidor de Bayão!
Temerosa, com effeito, se erguia a antiga Honra de Santa Ireneia, n'essa Affonsina manhã d'Agosto e rijo sol, em que o pendão do Bastardo surgira, entre fulgidos d'armas, para além dos arvoredos da Ribeira! Já por todas as ameias se apinhavam os besteiros, espiando, encurvadas as béstas.
Por fim, uma noite em que Gonçalo, á banca, depois do chá, laboriosamente escavava os fossos do Paço de Santa Ireneia de repente a Rosa cozinheira rompeu a gritar «Aqui d'El-rei contra o Relho!» E, atravez dos seus brados e dos latidos dos cães, uma pedra, depois outra, bateram na varanda veneravel da livraria!
Mas a sua imaginação, desde a carta escripta ao Gouveia pelo «Deputado de Villa-Clara» escapava desassocegadamente da velha Honra de Santa Ireneia esvoaçava teimosamente para os lados de Lisboa, da Lisboa do S. Fulgencio.
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