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Atualizado: 10 de julho de 2025
Porque vi uma cousa que poucas vezes se terá visto: o maior fidalgo de Portugal, a pé pela estrada de Corinde, levando á rédea no seu proprio cavallo um cavador de enxada! Ajudado por Gonçalo, trepou emfim pesadamente ao estribo. D. Anna já se enterrára nas almofadas, alçando entre as mãos, como uma insignia, o cabo rebrilhante da luneta d'ouro.
Antes porém de desembocar na Bica-Santa, e perto do logar do Serdal, a estrada de Corinde quebra n'uma volta: e, ahi, de repente, a egua pulou, n'um reparo, que obrigou o Fidalgo da Torre, desconfiado da pericia do Sôlha, a deitar a mão á caimba do freio.
A casa do Cavalleiro em Corinde era uma edificação dos fins do seculo XVIII, sem elegancia e sem arte, pintada d'amarello, lisa e vasta, com quatorze janellas de frente, quasi ao meio d'uma quinta chã, toda de terras lavradas. Mas uma avenida de castanheiros conduzia, com alinhada nobreza, ao pateo da frente, ornado por dois tanques de marmore.
Doutor... Realmente não vale a pena, por que em Politica hoje é branco, ámanhã é negro, e depois, zás, tudo é nada! O fidalgo encolhera os hombros. A Politica! Como se elle pensasse na Auctoridade, no Sr. Governador civil d'Oliveira quando injuriava o Sr. André Cavalleiro, de Corinde! Não! o que detestava era o homem o falso homem d'olho langoroso!
Gracinha resplandecia, com o lento sorriso que se não desfizera, a envolvia toda em claridade e doçura: A tia Arminda está melhor, já anda. Perguntou por ti... Mas, oh Gonçalo, tu de certo queres jantar! Não, almocei tremendamente em Corinde... Vocês, como jantaram á hora antiga da tia Arminda, ceiam, hein? Então logo ceio... Agora apenas uma chavena de chá, muito forte!
Amigos politicos: mas muito bem, muito lealmente... Almocei hoje com elle em Corinde, viemos juntos pelos Freixos. Uma tarde linda!... Emfim renasceu a antiga harmonia. E a eleição está segura. Venham de lá esses ossos! berrou o Barrôlo, transportado.
Mas ao atravessar a «Cruz das Almas», onde a estrada de Corinde, tão linda, com as suas filas d'alamos, crusa a ladeira de Valverde, parou notando ao fundo, para o lado de Corinde, como o confuso esbarro d'uma carrada de lenha, e uma carriola d'açougue, e uma mulher de lenço escarlate bracejando sobre a albarda d'um burro, e dous lavradores de enxada ás costas.
E, com os oculos a luzir, cravados em Gonçalo, na curiosidade que o abrazava, quasi lhe rosára a face afilada, mais amarella que um cirio: Mas, com perdão de V. Ex.^a! como é que V. Ex.^a anda por aqui, pela estrada de Corinde, n'este estado, a pé, trazendo á rédea um lavrador de enxada?...
Se bem me lembro quando você chegou a Coimbra, para os Preparatorios, viveu na casa do Cavalleiro, na rua de S. João... Pois não ha uma amizade tradicional, quasi historica, entre Ramires e Cavalleiros?... Eu pouco conheço Oliveira, nunca andei para os vossos sitios; mas até creio que Corinde, a quinta do Cavalleiro, pega com Santa Ireneia!
O Fidalgo córou profundamente, murmurando «Que tolice!» Depois roçou pela poltrona em que se enterrava o André, afagou suavemente o largo hombro do André: Pois, tens feito cá muita falta, meu velho! Ha dias passei em Corinde, tive saudades...
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