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Atualizado: 20 de julho de 2025


Deteve a penna e eis que o Fado dos Ramires s'eleva offertadamente da horta, em serenada, para a varanda florida de madresilva: Ora, quem te solitaria, Torre de Santa Ireneia... O Videirinha! Correu alvoroçadamente á janella. Um chapeu côco tremulou entre os ramos, um brado estrugio, acclamador: Viva o deputado por Villa-Clara! Viva o illustre deputado Gonçalo Ramires!

E como sempre, para findar, Videirinha atacou ardentemente o Fado dos Ramires: Quem te verá sem que estremeça, Torre de Santa Ireneia, Assim tão negra e callada Por noites de lua cheia... E lançou então uma quadra nova, que trabalhára n'essa semana com amor sobre uma erudita nota do bom Padre Sueiro.

Pelo menos inspira mais respeito que descender dos reis de Leão!... Paciencia, toca a jantar. Durante o jantar, misturando copiosamente o Verde e o Alvaralhão, Gonçalo não cessou de ruminar a ousadia do Casco. Pela vez primeira, na historia de Santa Ireneia, um lavrador d'aquellas aldêas, crescidas á sombra da Casa illustre, por tantos seculos senhora em monte e valle, ultrajava um Ramires!

Depois para ella e para a lua atirou as endeixas glorificadoras, na dolente melodia d'um fado de Coimbra, rico em ais: Quem te v'rá sem que estremeça, Torre de Santa Ireneia, Assim tão negra e callada, Por noites de lua cheia... Ai! Assim callada, tão negra, Torre de Santa Ireneia! Ainda suspendeu para agradecer ao Fidalgo, que o convidava a subir e enxugar um calice de genebra salvadora.

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