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Atualizado: 18 de julho de 2025
Do mais espêsso da ramagem, que fazia sobreceo áquelle leito de verdura, sahia uma torrente de melodias, vagas e ondulantes como a selva com o vento, fortes, bravas, e admiraveis de irregularidade e invenção, como as barbaras endeixas de um poeta selvagem das montanhas... Era um rouxinol, um dos queridos rouxinoes do valle que alli ficára de vela e companhia á sua protectora, á menina do seu nome.
Notou-se então no paiz, e particularmente desde o Chiado até ao Rocio, que o Hugo da travessa do Estevão Galhardo gorgeava umas endeixas passarinheiras que ninguem creria destiladas do mesmo craneo que trovejara Nemesis clangorosas de odes republicanas! Elle, o Victor, que dissera em dous versos: Eu hei-de avassallar os reis ao genio, E pol-os histriões sobre um proscenio, E... etc.
Numa d'estas noites placidas, Em que as estrellas fulgentes, Reflectem vívida luz, Á flor das aguas dormentes; Em que o rouxinol seduz, Co'as inspiradas endeixas Soltando sentidas queixas, D'entre as balseiras virentes; Quando respira no ar, Do monte que o mato veste Aquelle perfume agreste, Que é tão grato de aspirar; Quando emfim a natureza, No seu mais pleno vigor Ergue a Deus seu hymno eterno De graças, de paz, de amor!
Pobre cantora d'amarguras, não era aquelle o seu lindo céo, povoado d'estrellas, que lh'as ouviam! A brisa, que bebia dos labios d'ella as endeixas tristes, indo-se pelos valles a dizel-as aos eccos, fugira espavorida ao açoute do bulcão do mar. Talvez que a timida senhora, de joelhos com a aterrada Thereza, estivesse resando a Magnificat e jaculatorias a Santa Barbara!
Do Mondego, que attonito recua, Do sentido Mondego as alvas Filhas Em tropel doloroso Das urnas de crystal eis vem surgindo, Eis, attentas no horror do caso infando, Terriveis maldições dos lábios vibraõ Aos Monstros infernaes, que vaõ fugindo. Já crôaõ de cipreste a Malfadada, E, arrepejando as nítidas madeixas, Lhe urdem saudosas, lúgubres endeixas.
Depois para ella e para a lua atirou as endeixas glorificadoras, na dolente melodia d'um fado de Coimbra, rico em ais: Quem te v'rá sem que estremeça, Torre de Santa Ireneia, Assim tão negra e callada, Por noites de lua cheia... Ai! Assim callada, tão negra, Torre de Santa Ireneia! Ainda suspendeu para agradecer ao Fidalgo, que o convidava a subir e enxugar um calice de genebra salvadora.
Do mais espêsso da ramagem, que fazia sobreceo áquelle leito de verdura, sahia uma torrente de melodias, vagas e ondulantes como a selva com o vento, fortes, bravas, e admiraveis de irregularidade e invenção, como as barbaras endeixas de um poeta selvagem das montanhas... Era um rouxinol, um dos queridos rouxinoes do valle que alli ficára de vela e companhia á sua protectora, á menina do seu nome.
Rosnava-se, porém, que uma marqueza, já bem esfolinhada de teias de aranha de preconceitos em 1820, não o fizera esperar, como Ninon a um certo abbade, o anniversario natalicio dos seus annos ultra-canonicos, para o convencer de que a lira do bardo hodierno podia, sem profanar o culto antigo, desferir endeixas accommodadas á magestade de uma cathedral gothica.
MIGUEL Fallemos a serio, um pouco... JOANNA Já me viu brincar? Na minha edade!... MIGUEL Fishing for compliments? JOANNA Será, se quizer... Oiço-lh'os tão poucas vezes! MIGUEL Queria passar a vida, como um d'esses pagens antigos, sentado a seus pés a cantar-lhe endeixas. Mas o seu sorriso paralisa, na minha bocca, o amor que vae a sair. JOANNA
Quizera ser poeta, um eximio trovador, para cantar-te em endeixas das mais bellas; minha estrella, candida flôr de neve, quizera ter de Rubens o pincel immorredouro para pintar a tua immagem bella; quizera ter de Tasso a lyra que o inspirou para cantar tua formosura... Mas do tudo careço; em vez da inspiração, apenas pobres phrases voam ao tom das rajadas da indifferença.
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