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Atualizado: 7 de junho de 2025
Refere-se que certa vez, não sabendo explicar plausivelmente o dispendio de uma verba de 600$000 réis, escreveram n'umas contas irrisorias que mostravam annualmente á abbadessa: Palitos 600$000 réis. Pode ser fabula. O que, porém, não é fabula é que durante muitos annos o dinheiro das decimas que o mosteiro devia pagar esqueceu em Alcobaça, dando-se em conta como pago.
E quando este modo de escrever não tivera por si mais que a auctoridade dos que n'elle escreveram, como foi Platão, Xenofonte, Tullio, e outros infinitos: essa bastara para acreditar os dialogos.
D. João de Castro não tinha em si os dotes de nenhum d'esses; e o seu governo ficou inutil como uma bella pagina de moral: á maneira do livro em que lhe escreveram a vida, e que é uma boa pagina de rhetorica. Ficou, porém, como um sincero protesto: esse é o seu valor social-historico.
E no que toca ao exemplo; um capitão valoroso houve em Portugal, que o não teve melhor o Imperio Romano, que com a imitação do um cavalleiro fingido, foi o maior de seus tempos, imitando as virtudes que d'elle se escreveram. Muitas donzellas guardaram extremos de firmeza, e fidelidade, costumadas a lêr outros semelhantes nos livros de cavallarias.
E não dou muita fé, nem authoridade ao que destas Rainhas Dona Orraca de Portugal, e Dona Branca de França vulgarmente se diz, e alguns escreveram, que os Embaixadores del-Rei de França, e del-Rei de Portugal, que juntamente vieram a Castella a requerer cazamentos destas Rainhas filhas del-Rei Dom Affonso, que os de França quizeram antes a Dona Branca, posto que era mais moça, e de menos estima, e leixaram a Portugal Dona Orraca por ser nome feo, para França, por que isto tem duas grandes contradições, a primeira que a Rainha Dona Branca não era a mais moça, mas a mais velha, e nas contendas, que depois houve antre os Reis de França, e Castella, sobre socessão de Castella, que vinha de filhas, e não de filhos, se prova isto muito craro, porque El-Rei São Luis de França pertendia ter direito em Castella, por ser filho da Rainha Dona Branca, filha maior del-Rei Dom Affonso noveno, e queria excludir a El-Rei D. Affonso deste nome o decimo de Castella, filho del-Rei Dom Fernando, neto da Rainha Dona Biringela, por ser filha menor del-Rei D. Affonso noveno, e se a Rainha Dona Orraca fora filha maior, este direito pertencia a El-Rei Dom Sancho Capelo, e a El-Rei D. Affonso Conde de Bolonha, Reis de Portugal, e filhos da dita Rainha Dona Orraca, o que não foi, e a segunda contradição é que este nome Dona Orraca era nome a Rainhas mui costumado, e de muita estima, e tal de que se muitas honraram, e leixando outras muitas, estas que me aqui occorrem apontarei, a mãi do Emperador Despanha D. Affonso deste nome o outavo de Castella, e molher do Conde Dom Reymão de Tolosa havia nome Dona Orraca, que foi a Rainha Despanha, e a Rainha de Lião, molher del-Rei Dom Fernando, e filha del-Rei Dom Affonso Anriques, tambem havia nome Dona Orraca, que foi Princeza mui singular, e a molher de Dom Reymão Conde de Barcelona, e Rei de Aragão, que era da Caza, e Reino de França, que no mesmo Reino havia nome Dona Prona, e mudou o nome, escolhendo outro por milhor, se chamou Dona Orraca, e desta veo D. Affonso deste nome o segundo Rei Daragão, e a Rainha Dona Doce molher del-Rei D. Sancho de Portugal, de que em sua Coronica se disse.
Todos os escriptores que se occuparam de D. Joanna, e que foram muitos, principalmente os que escreveram anteriormente ao seculo XVIII, affirmam que Luiz XI e Carlos VIII, de França, Frederico VI, d'Allemanha, e Henrique VIII, de Inglaterra, a pretenderam para esposa.
E D. Duarte e esses senhores e fidalgos que com elle eram, não fartos de muita honra e louvor que tinham ganhado, escreveram ao Marim apresentando-lhe com palavras assaz cortezes quão covardamente elle e seu Rei se tinham havido n'aquelle cerco, do qual não se deviam assi partir com tanto seu abatimento e deshonra, pedindo-lhe que avergonhados disto tornassem renovar os combates, para que ficavam alimpando as armas, que no sangue dos seus tinham já todas sujas.
Os meus não se escreveram em pergaminhos, e existem; e estão-se rindo de revoluções do mundo: mea regnas. ¿Sabeis porquê? porque a mim foi a Natureza, e seu filho o Amor, quem me fez a doação; e a elles, tinha-lh'a feito um chimerico direito regio sobre todo o solo, bens, e futuros, de nossa terra.
A uma falta absoluta de escrupulos juntava D. João II grande firmeza de genio, extraordinaria sagacidade e o retrahimento bastante para occultar, debaixo de um aspecto frio e de sorrir forçado, o ardor de violentas paixões. Os chronistas, que escreveram sob o patrocinio dos immediatos successores d'este soberano, chamaram-lhe o principe perfeito.
João de Barros, que escreveram no seculo XVI, não duvidam dá-lo por certo: o conde da Ericeira numa conta dada á academia de historia, de certa colleção de livros que andava examinando, diz que ali se achava um manuscripto do Amadis, sem que sobre isso faça admiração ou reparo; o que parece provar que naquella academia nenhuma duvida havia acêrca da existencia da novella, no original português.
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