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Portugal, oh leão do occidente, Tu rugias á beira do mar, E o teu grito vinha troar Temeroso no ardente Moghreb: Era o tempo dos crentes e ousados: Era o tempo da gloria da cruz! Ora contam-se as páreas d'Ormuz; Tem nome Cochim, Calecut! E esses muros d'Arzilla, regados Com o sangue de martyres mil, Ermos hoje tu deixas, rei vil, Porque o Estreito passou Rais Dragut!

A Africa é a terra promettida de D. Affonso V, diz Schoeffer, o objecto de seus desejos, dos seus planos favoritos e de seus sonhos, é finalmente alli, refere Rebello da Silva, que elle corta uma palma, que D. João I mesmo não julgaria impropria da sua corôa militar. A conquista d'Arzilla, uma das melhores possessões dos mouros, n'aquella parte do globo.

Tomar-te-ha Deus contas, Rei fraco e prasmado, De tão grande vilta, De teu grão peccado. Maldiz-te nos mares Valente fronteiro, Que na de Ceuta Se armou cavalleiro; Que dez aduares Em Tanger queimou, E em muros d'Alcacer Dez elches matou: Que era hoje d'Arzilla Temido adaí­l, E a quem tu mandaste Fugir como vil.

Sob os muros d'Arzilla combatem magnificamente dois Ramires, o edoso Sueiro e seu neto Fernão, e deante do cadaver do velho, trespassado por quatro virotes, estirado no pateo da Alcaçova ao lado do corpo do Conde de Marialva Affonso V arma juntamente cavalleiros o Principe seu filho e Fernão Ramires, murmurando entre lagrimas: «Deus vos queira tão bons como esses que ahi jazem!...» Mas eis que Portugal se faz aos mares!

Batemos com os contos das nossas lanças ás portas de Ceuta, de Tanger, e d'Arzilla, e os bastiões africanos cediam aos nossos esforços. Aportamos em Calecut, Cochim, Gôa, Malaca e Ormuz e o Oriente dobrou-se á nossa vontade. Que importa, que os cabos de guerra tenham os louros das victorias, e das conquistas? A gloria é nossa.

E alli depois de ouvir missa, e para o caso uma devota pregação, e revellar a todos sua ida sobre Arzilla, foram elle e o Principe com uma devota procissão e grande estrondo de trombetas e manistreis altos e baixos, mettidos nos bateis, e de hi aos navios que logo fizeram vella, que com vento bonançoso chegaram d'Avante á dita villa d'Arzilla, onde sua frota ancorou aos XX dias do dito mez, sobre tarde, os mouros da qual como de dia houveram vista d'ella; porque da passagem d'El-Rei tinham muitos avisos, adivinhando com receio seu mal, se começaram de prover como para tal necessidade e afronta cumpria.

Quando, ao longe, nos campos d'Arzilla, Alvejava do mouro o albornoz, E corria, e corria veloz O ginete de Bellamarim; Quando o esculca, saído da villa Da manhã ao primeiro fulgor, Não podendo a atalaia transpôr, Vinha ás portas bater de Çafim; Quando em Tanger, a forte, se ouvia De armaduras continuo tinir, E nos ares se via luzir O montante, a acha d'armas, e o criz; Quando em Ceuta vencida se erguia Sobre o alcacer pendão português, Contra o qual na mesquita de Fês A gazúa prégava o caciz: Quando Alcacer-Ceguer, a viçosa, Que em vergeis se reclina gentil, Pela noite fragrante d'abril D'entre os robles sorria ao luar; Porque, rico de presa formosa, voltou nobre alcaide christão, E inda ao longe de incendio o clarão Tinge o céu sobre um triste aduar: Nossa estrella era então esplendente; Nosso nome era um som do terror; Nossos paes conduzia o Senhor, Qual Judá d'entre a sarça do Horeb.

Em 15 de agosto levantou ferro a esquadra com direcção a Africa, e a 24 do mesmo mez dava-se o assalto, hasteando-se, passadas algumas horas de sanguinolento combate em que D. Affonso V combateu com o seu incontestavel valor, a bandeira da cruz nos miranetes das mesquitas e eirados das torres d'Arzilla.

E não sómente sobre estes casos os ditos Reis fizeram esta vez estas vistas; mas depois outras com muitas embaixadas, e porque d'ellas nunca resultou conclusão que entre elles se executasse nem cumprisse, não farei agora d'ellas nem depois muita menção. De como El-Rei em pessoa correu o campo d'Arzilla

Os laços conjugaes entre Affonso V e D. Izabel de Lencastre estreitaram-se de forma, que murcharam de todo as esperanças alimentadas pelos inimigos do Infante D. Pedro, de verem realisado o divorcio por elles tão aconselhado e sempre tão nobremente repellido pelo futuro vencedor d'Arzilla. Affirmam os seus biographos que D. Joanna foi no berço jurada princeza herdeira pelos Tres estados do reino.

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