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Mas não é para ouvir os doces carmes Do amoroso cantor, que Parisina Do palacio feudal ao parque desce; Nem para contemplar a luz brilhante Das tremulas estrellas, que divaga Por entre as sombras que diffunde a noite. Se procura um desvio na espessura, Não é para aspirar o vivo aroma Das matisadas flores; e se escuta, Não é de certo para ouvir das aguas O brando murmurar.

Vem tirar-me das varzeas do Mondego, E dá-me inspiração, quero cantar. n'esse patrio lar de rouxinoes Quero meus carmes no arrabil tanger. Leva-me, musa, leva-me um cantor Que eu sinto o genio minha mente encher. E ha de, qual balão em dia tenebroso, Subir até sumir-se pelos ceus; Encherá a eternidade, o espaço, tudo, E offuscará esses litt'ratos pygmeus.

Que destes alma e vida aos versos de Camões, O indómito guerreiro, o excélso trovadôr; Que lhe inspirastes doces, trémulas canções, Nas grutas orientais, nos êrmos, nas soidões, Canções cheias de fogo e trágicas de dôr; Vós que haveis insuflado aos grandes corações Os carmes da tragédia e os cânticos do amor...

A segunda poesia denomina-se Thereza, e na ideia tem alguma coisa d'aquella suavidade dolorida dos versos de Soares de Passos. O ninho querido onde o poeta modula os sens carmes é o coração da mulher. Thereza é a historia d'uma creança pallida e triste, d'aquella tristeza scismadora das almas fadadas para o soffrimento, que tem sorrisos nos labios no dia em que presente a morte...

Não queria que a terra do cemitério provasse o corpo amado, e os adorados restos deixassem um momento d'estar sob a impressão dos seus cármes dolorosos, ouvindo-lhe todos os dias a voz, como se sob o encanto d'ella o drama da podridão custasse menos ao morto, e, sucessivamente exaladas do seu féretro, odes vitaes pudessem vir impressionar e envolver de sugestão passional, o espirito amoroso, supersticioso, solitario e monjil da abandonada.

Vinha rompendo abril: como disse, Sereno estava o ceo, doce a bafagem, E a rosa, a favorita, a bella noiva, Por quem o rouxinol desde a alvorada Solta a voz em prodigios de harmonia, Corando abria o pudibundo seio Aos doces carmes do adorado amante. Passado pouco tempo esta cabeça Começára a enredar-se em mil chimeras. De repente uma voz sonora e fresca Chegara ao meu ouvido.

que os camponezes, reunidos em honesto convivio sob a faia, regressaram a suas pousadas, tangendo alegres tibias e entoando lôas festivaes em honra d'aquelle que tão grande capricho punha em lhes restituir a Senhora Apparecida quão grande era a pena que alimentava em seus carmes de nunca ter visto Lisboa. Gloria pois a s.ex.ª!

Oh! falla, quem és tu, filho da selva?.... Silencio... respondeu... maldicto vento! Que pude escutar filho da selva! Embora! fique embora isso em segredo, Saiba-o sómente Deos! Tambem segredos, que meu peito encerra, se dizem nos céos. A turba ha de escutar-me, e cada nota Será nota d'amor! Mas ouvidos da turba não entendem Carmes do trovador.

O Magnus Apollo da poesia moderna, o deus da inspiração e pae das musas deste seculo, é essa entidade que se chama edictor, e o seu Parnaso uma livraria. Si outr'ora houve Homeros, Sophocles, Virgilios, Horacios e Dantes, sem typographia nem impressor, é porque então escrevia-se nessa pagina immortal que se chama a tradicção. O poeta cantava; e seus carmes se iam gravando no coração do povo.

Isto diz, mas em carmes inspirados e em divinas modulações, o immortal cantor dos feitos patrios.

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