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Atualizado: 16 de maio de 2025
Nada fica a dever a esta; mas como refugio desesperado nada ha que eguale a Cava da Beira, um circumvallo inexpugnavel! Póde-se ahi dormir no chão, tendo as estrellas do céo por cobertor; lá o somno é mais agradavel que sobre as fôfas lãs da Salacia.
O Silva, o Authomato honrado, Anda mais abstracto, e mudo; Põe o doce antes da sôpa; Queima o Café, quebra tudo; O hirsuto, austéro Rodrigues, Semblante de poucas pazes, Desafoga a sua dor, Dando murros nos rapazes; Vossa Aya, de tres idades, Em canto escuro assentada, Vos manda calado pranto, N'um cobertor abafada.
As calças eram de cazimira de côr, e deixavam ver as meias de fio de escocia, muito alvas, e o sapato baixo bem lustrado. Um grande cobertôr de listas multicolôres em guisa de capote, e na cabêça um chapéo cinzento, ornado de duas grandes e bellas pennas de avestrús, completavam o traje do grande potentado.
O barão e eu, depois de contemplar, rindo, estes requintes, embrulhámo-nos simplesmente n'um cobertor: e d'ahi a pouco envolvia-nos aquelle somno profundo, absoluto, sem sonhos, sem movimentos, que é a recompensa e a consolação de quem moureja por estas terras negras. Com o primeiro alvor da madrugada estavamos a pé, preparando para a acção.
E o conego, sentado n'uma cadeira de braços, com o capote pelos hombros, os pés embrulhados n'um cobertor, amodorrado no calor do lume, com o Breviario sobre os joelhos, dormitava. Na dobra do cobertor, a Trigueira estirada dormitava como elle. Aos passos de Amaro o conego abriu muito devagar os olhos, rosnou: Ia adormecendo, hein!
Repicavam os sinos, e os foguetes cortavam o ar em todas as direcções; já não havia uma varanda, nem uma janella d'onde não pendesse um cobertor de damasco, ou quando menos uma colcha de chita, modesta, mas vistosa. Até o proprio porteiro, quando voltou a fechar a porta, deu um pulo de contente, exclamando: Bravissimo! Hoje é dia de atirar uma cana ao ar!
Minha senhora, é o senhor parocho! gritava, na alegria de vêr emfim uma visita querida, um amigo da cidade, n'aquelle desterro da Ricoça. Levou-o logo para o quarto de D. Josepha, ao fundo da casa, um quarto enorme, onde, n'um pequeno canapé perdido a um canto, a velha passava os dias encolhida no seu chale, com os pés embrulhados n'um cobertor. Oh, D. Josepha! Como está? Como está?
Depois, horas e horas, ouvia-se a penna correr do papel, parar, tornar... E vão cinco, e vão sete... noves fóra nada... até que a vista se lhe toldava, e a deshoras, embrulhado no cobertor, tombava sobre a meza, soluçando: Não posso! não posso mais! E tinha uma lettra tão linda!... Na propria desgraça cahem por vezes resquicios de sol. Assim houve tempo em que respiraram.
Ó mulher, ora tu que todos os dias vens com a mesma sécca. Não me basta a minha afflicção!... De que serve isso agora? De que serve? Serve de muito! Á noite, á luz do petroleo, o Gebo fazia escriptas com um cobertor pelos hombros e as mãos geladas de frio. A filha, sumida na sombra, compunha-lhe a roupa, e a mulher ralhava, passeando na sala.
E juntos aquecia-os no mesmo lar, com pedaços de sonho, como quem, depois de repartir os ultimos farrapos, agazalha com a propria alma. Um sonho cahe por terra? Estreia-se outro sonho. Embrulhados no mesmo cobertor, ella, secca e nervosa, prégava-lhes que ainda podiam ser felizes, acalentava-os, e, juntos, todos tres illudidos ficavam n'aquella negrura e desespero, todos tres a scismar.
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