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E tanto o rei não foi ingrato aos serviços do seu valente alferes, que, estando em Samora, em 1475, no anno anterior ao da batalha de Toro, ainda antes do heroico feito, lhe fez mercê pelos seus grandes serviços, para elle e seus filhos, de um reguengo no concelho de Lafões, cuja carta de mercê póde lêr-se na Torre do Tombo no Livro que serviu na chancellaria de D. Affonso V, folha 17, e começa: A quantos esta minha carta virem faço saber que pelos muitos serviços que Duarte de Almeida, fidalgo de minha casa, e meu alferes-mór me tem feito assim n'estes reinos de Castella como de Portugal e em Africa, onde sempre me serviu muito bem e lealmente, etc.

Acabando a oração entregou a bandeira a D. Luiz de Menezes, alferes-mór, que coberto a levou diante; e assim acompanhado até o caes da rainha, se embarcou na galé real, cuja obra é estranha, porque na pôpa, onde el-rei vai, se affirma que se gastaram mais de oito mil cruzados, porque é da mais estranha e singular invenção que se viu.

«O conde de Vianna, D. João Affonso Telles de Menezes, commetteu o mesmo crime, foi morto tumultuariamente pelo povo de Palmella, e foram confiscados os seus bens; mas el-rei D. João o 1.º deu depois a seu filho D. Pedro de Menezes o condado de Villa Real e capitania da cidade de Ceuta, e muitos senhorios de terras: a filha legitima d'este D. Pedro succedeu na casa de Villa Real, e D. Duarte, seu filho illegitimo, progenitor de uma casa das mais illustres, conseguiu, como se sabe, depois de muitas mercês, ser conde de Vianna e alferes-mór do reino.

O velho Gil Vasques de Resende, que ia interpor-se também entre D. Diniz e elrei, quando este arrancára o punhal, parára ao ver a heróica resolução do alferes-mór; mas ao hesitar de D. Fernando corrêra a abraçar-se com o seu pupillo, que, no meio de tantos animos agitados por paixões diversas, era quem unicamente parecia tranquillo e alheio ao terror que se pintava em todos os semblantes.

D. Leonor levou ambas as mãos ao rosto, e via-se-lhe arquejar o collo formoso por mal contido suspiro. "Coração compadecido e generoso! pensou comsigo o alferes-mór, que havia pouco a tractára pela primeira vez. "Hora maldicta e negra, em que perdi metade de minha tão esperada vingança! pensava Leonor Telles, e o chôro rebentou-lhe com violencia.

E o Poemeto cantava, com romantico garbo, um lance de altivez feudal em que se sublimára Tructesindo Ramires, Alferes-mór de Sancho I, durante as contendas de Affonso II e das senhoras Infantas. Esse volume do *Bardo*, encadernado em marroquim, com o brazão dos Ramires, o açor negro em campo escarlate, ficára no Archivo da Casa como um trecho da Chronica heroica dos Ramires.

O alféres-mór levava a signa ou bandeira, a qual não estendia ou desenrolava sem especial determinação do rei, quando estivessem á vista do inimigo, e costumava ter um alferes pequeno, que o substituia. As bandeiras dos fidalgos não podiam tirar-se das fundas e estender-se, sem que o fosse a bandeira real; podiam, porém, ir sempre estendidos os balsões ou insignias.

Viam-se entre estes o alferes-mór Ayras Gomes da Silva, ancião veneravel, que fôra seu aio, o orgulhoso mordomo-mór D. João Affonso Tello, Gil Vasques de Resende, aio do infante D. Diniz, o prior do hospital Alvaro Gonçalves Pereira, e muitos outros fidalgos que ou seguiam a còrte, ou tinham vindo assistir ás bodas reaes.

Era um velho de fronte calva, e de longas melenas brancas e desbastadas pelos annos: era aquelle que lhe fôra mais que pae, e que elle respeitava mais que a memória deste: era o seu alferes-mór, o venerável Ayras Gomes, que ajoelhado lhe clamava com vozes truncadas de soluços e lagrimas: "Senhor! que é vosso irmão!" "

D. Guiomar encheu tres paginas da *Patria*. N'esse Domingo, para celebrar a sua entrada na Litteratura, Gonçalo Mendes Ramires pagou aos camaradas do Cenaculo e a outros amigos uma ceia onde foi acclamado, logo depois do frango com ervilhas, quando os moços do Camolino, esbaforidos, renovavam as garrafas de Collares, como «o nosso Walter ScottElle, de resto, annunciára com simplicidade um Romance em dois volumes, fundado nos annaes da sua Casa, n'um rude feito de sublime orgulho de Tructesindo Mendes Ramires, o amigo e Alferes-mór de D. Sancho I. Por temperamento, por aquelle saber especial de trajes e alfaias que revelára na D. Guiomar, até pela antiguidade da sua linhagem, Gonçalinho parecia gloriosamente votado a restaurar em Portugal o Romance Historico.