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E eu, a essa hora, estarei á beira delles como testemunha silenciosa das compungidas lagrimas que lhe vi na face quando o coração lhas dava repassadas duma santa saudade. Não sei se esta chimera, que vagueia na região tenebrosa e na crypta dos mortos amados e chorados, foi a despertadora vontade que me domina ha anno e meio de ser enterrado no seu jazigo.

Despreza a chuva e o sol, e soporta as intemperies como qualquér fera dos matagaes. Não conhece a enxada, porque nunca cultivou a terra. Raizes, mel e caça sam o seu alimento, e cada tribu vagueia sem cessar em busca de raizes, mel e caça. Nunca dormem hôje onde ficáram hontem. A frecha é a sua arma, e tão destros sam no seu manejo, que caça apontada é caça morta.

São ellas quem ensinam aos rouxinoes esses maviosos gorgeios, esses deliciosos trinados, que toda a natureza escuta embevecida n'um vago extase. São ellas quem accendem nos pyrilampos, esse phantastico fulgor que vagueia nos prados, e matiza de oiro o fundo verdejante da relva. São ellas quem desentranham do seio das flôres as nuvens de perfumes, que espalham depois, rindo, na atmosphera.

Sonho dos astros que alimenta o sonho dos corações que ao sonho se renderam, a servi-lo votando todo o sangue e outra não querendo conhecer, vagueia sobre os prados o luar, cobre as águas do rio, e na floresta, sorrindo brandamente, confundiu-lhe em vagabunda alvura e infinita a mais ousada haste e a mais pequena, a mais endurecida e a mais tenra.

Quando na râma ulúlam ventaneiras, E a chuva tamboríla nas vidráças, Passeia, em noite escura, plas ladeiras, Profetisando trágicas desgráças... Vagueia pelo campo, a horas-mortas, E a adormece nas encruzilhádas, Quando os sapos, de negras pernas tortas, Rastêjam pelas rosas orvalhadas...

Menos respondo ao baixo atrevimento, De me accusares por fallar das artes, Em meio de qualquer ajuntamento. Comtigo n'isto a injuria bem repartes; O sabio no lugar onde apparece Das mãos não larga Homéro, nem Descartes. Ditoso quem no mundo isto conhece! Ditoso aquelle, que d'um n'outro errando, Vagueia, que a aurora lhe amanhece!

Abysmo e pasmo Ante o revoltantissimo sarcasmo Que preside á mudança d'este lar No mais indecoroso lupanar! Arminda E eu então, pasmo e abysmo, meu senhor, Do biltre que, sem honra e pondonor, Se arroja a censurar, altivamente, A esposa que despreza infamemente! Saia! Que jámais tem auctoridade Para insultar, quem na indignidade Vagueia e procura o seu viver! Henrique Mas eu sou homem!

Debalde Theocrito e Virgilio lhe emprestaram a agreste frauta, Pindaro e Ovidio as lyras d'ouro; não o visita a inspiração celeste, vagueia entre o céo e a terra; se não é humilde tardigrado, que se arrasta preguiçoso e confundido com a urze da charneca, tambem não é a aguia altiva, que encara ousada o esplendor do sol.

A divina Esperança florescida, Brilhando além de tudo quanto é triste... Longinquo Alivio, protectora Asa! Mas de que serve? Eu choro sem descanço, No meio da tristêsa indiferente Das Cousas que têm a alma sempre ausente... eu na minha dôr nunca me canço. Ó brutêsa das Cousas! No infinito E gélido silencio, eu ouço um grito! Na funda solidão que me rodeia, Um sêr apenas, tétrico, vagueia...

Desce do teu Cavalo e vem comigo, Porque o Desejo corre no meu sangue! "Ó Morte, vem comigo! Sobre a terra Vagueia o corpo em flôr do nosso Idilio... Ah, sim, o nosso idilio é anterior Ás nossas proprias almas. Desde a origem Que ele anda pelo mundo e nos procura. "Ó Morte, vem comigo! Eu sou a Vida! Entrega-te aos meus braços! Quero amar Esse corpo de Espectro.

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