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Faço saber que José Ferreira Pinto Basto me representou por sua petição, que elle pretendia erigir para estabelecimento de todos os seus filhos com egual interesse, ainda mesmo os menores logo que cheguem á idade competente, uma grande fabrica de louça, porcelana, vidraria e processos chimicos, na sua quinta chamada da Vista Alegre da Ermida, freguezia de Ilhavo, comarca de Aveiro, visinha á barra, pedindo-me que eu houvesse por bem de auctorisar este estabelecimento na fórma proposta e conceder-lhe a isenção de direitos de todos os materiaes que necessarios lhe forem para a sua laboração; assim como tambem das manufacturas que exportar para o Brazil ou para qualquer parte deste reino e dos paizes estrangeiros, e todas as mais graças, privilegios e isenções de que gosam, ou gosarem de futuro as fabricas nacionaes, e particularmente a dos vidros da Marinha Grande, no que lhe forem applicaveis; e tendo em consideração, ao dito requerimento, e constando-me por informação do corregedor da comarca, a que mandei proceder, que o projectado estabelecimento deve ser de grande utilidade para os povos pela vastidão dos seus differentes ramos; que é construido em edificio proprio, em que se teem feito avultadissimas despezas; que o seu local é o mais vantajoso por ficar nas margens de um rio navegavel, rodeado de pinheiros e outras materias combustiveis, assim como de excellentes barros, areias finas e brancas, e seixo crystallisado, tudo proprio para as vidrarias e porcelanas, como se tem verificado por felizes ensaios; e finalmente que o supplicante é um dos negociantes mais ricos e grande proprietario de muitos predios, tanto n'aquella comarca, como nas do Porto e Penafiel, sendo além d'isso dotado de um genio emprehendedor, a quem as difficuldades não embaraçam, nem desanimam as despezas; por todos estes motivos: hei por bem de approvar o mesmo estabelecimento na fórma pedida, concedendo-lhe todas as graças, privilegios, e isenções de que gosam ou vierem a gosar as outras fabricas de identica natureza: e mando a todas as justiças e mais pessoas a quem o conhecimento d'esta pertencer, que assim o cumpram e façam cumprir como n'ella se contêm, sem duvida ou embaraço algum.

E a sua voz proseguiu, paciente e suave: Que me diz a cento e cinco, ou cento e seis mil contos? Bem sei, é uma bagatella... Mas emfim, constituem um começo; são uma ligeira habilitação para conquistar a felicidade. Agora pondere estes factos: o Mandarim, esse Mandarim do fundo da China, está decrepito e está gottoso: como homem, como funccionario do celeste imperio, é mais inutil em Pekin e na humanidade, que um seixo na bocca d'um cão esfomeado. Mas a transformação da substancia existe: garanto-lh'a eu, que sei o segredo das coisas... Porque a terra é assim: recolhe aqui um homem apodrecido, e restitue-o além ao conjuncto das fórmas como vegetal viçoso. Bem póde ser que elle, inutil como Mandarim no Imperio do Meio, ser util n'outra terra como rosa perfumada ou saboroso repôlho. Matar, meu filho, é quasi sempre equilibrar as necessidades universaes.

Cada qual sente-o a seu modo, segundo o seu temperamento; e sabio é aquelle que se limita a registrar as relações das cousas. Quem deante d'estes versos não sentir elevar-se-lhe o espirito, como n'uma oração, áquella especie de Deus que é compativel com o seu temperamento ou com o estado de educação do seu pensamento, é por que tem dentro do peito, no logar do coração, um seixo polido e frio.

Não duvido que o mundo no seu eixo Gire suspenso e volva em harmonia; Que o homem suba e da noite ao dia, E o homem subindo insecto o seixo. Não chamo a Deus tyranno, nem me queixo, Nem chamo ao céo da vida noite fria; Não chamo á existencia hora sombria; Acaso, á ordem; nem á lei desleixo.

Que vejo com olhos seccos, Com firme semblante inteiro, Fugir-me n'um parolim O meu ultimo dinheiro; Que em mim, digo, arranca pranto; Que amolga hum peito de seixo; Que muita vez co'chapeo Encubro o trêmulo queixo; Que quando dos tenros Filhos Chorava o triste destino, Tinha este peito de bronze O coração de Sabino;

E como é procurada a tal pedrinha e estimada por algumas pessoas, para, pela sua virtude, tirarem os argueiros dos olhos! E de certo precisão bem d'ella, pois devem andar com elles bem cobertos de poeira! A tal pedrinha é um seixo chato e bem polido pelo mar, ou mesmo um bocado de uma concha preta, que o mar tenha tornado bem lisa e macia!

A Borbolêta suppõem innocente o tal Fradepio, e não sei como o não canonisa de Santo, pois o tracta de Religioso, e Reverendissimo, sendo aliás hum Leigo com corôa aberta, e de casco mais rebelde, que o seixo ao fogo; e aos Padres suppõem todos culpados, e os tracta de machiaveis, hypocritas, tyrannos, e verdugos infernaes.... Por certo que Mafoma não fallou tão mal, nem disse tanto do toucinho!

O voraz Tempo, Que o ferro come, Que aos mesmos Reinos Devora o nome, Tambem, Marilia, Tambem consome Dentro do peito Qualquer pezar. Ah não póde Ao meu tormento Por hum momento Allivio dar. Tambem, ó bella, Não ha quem viva Instantes breves Na chamma activa; Derrete ao bronze Sendo excessiva Ao mesmo seixo Faz estalar. Mas do amianto A fêbra dura Na chamma atura Sem se queimar.

Ella, vendo o meu empenho em arrancar uma pedra d'estas, gesticulou-me para desistir d'uma tentativa inutil. Procurou então d'entre os seixos, um que lhe pareceu satisfazer ao seu designio, e pegando no machado de silex, partiu o seixo, apresentando-me um magnifico brilhante como nenhum soberano da Europa, ou Rajah da índia, possue.

Morreo-lhe em pallidez a effervescencia, Ficou-lhe o coração, qual seixo, immovel, Ao ver aquelle rosto, ai! tão mudado de si proprio: bello, mas languente Sem vestigio nenhum d'incendios d'alma, Que em cada feição d'elle se espelhavão, Como um dia de sol se espelha n'agua.

Palavra Do Dia

dormitavam

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