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A voz da multidão pela ravina era um marulho de ressaca mui confuso, e Êle sentiu entre pragas e risadas, entre os lamentos e os insultos que silvavam, sentia vozes de mulher... ouviu, ouviu-as... elas Êle ouviu, ouvia sempre... Queria falar ainda, quis falar-lhes e pedir-lhes perdão do que lhes disse, com parábolas mentirosas de doçura e com olhos de lago sem desejo... Esvaía-se em sangue, ia azulando.

A treva espessa em torno e o mesmo ruido da ressaca a prégar. As nuvens baixas envolviam-nos n'um fluido negro, ambos tragados pelo deserto da noite. Não se viam e aquellas duas vozes, uma infantil e baixinha, a outra rouca, eram como o dialogo de duas forças ignotas, que o acaso rola no mesmo turbilhão do infinito. Perguntou-lhe o Morto: Como te chamas? Chamo-me Luiza. Quem te fez mal? Ninguem.

O meu coração desce, Um balão apagado... Melhor fôra que ardesse, Nas trevas, incendiado. Na bruma fastidienta, Como um caixão á cova... Porque antes não rebenta De dôr violenta e nova?! Que apêgo ainda o sustem? Atomo miserando... Se o esmagasse o trem D'um comboio arquejando!... O inane, vil despojo Da alma egoista e fraca! Trouxesse-o o mar de rojo Levasse-o na ressaca.

Apenas a vi em ancias, despi o casaco, metti-me até ao peito na agua, apanhei a cadellinha, que a ressaca levava para o mar, e, como Camões, Dos procellosos baixos escapado, vim lançar no regaço da afflicta dama a cadella gemebunda. Fui bonito, como vêem, para casa!

Tinha os joelhos doridos e sentia uma lassidão enorme. Ao sentar-se topou n'um corpo cahido, abandonado. N'um sobresalto, de , com o pão a que ia dar uma dentada na mão, perguntou: Quem está ahi? Ninguem: a noite negra e o ruido de ressaca minando as pedras. Ouh! As suas mãos ao tactear deram com uma rapariguinha inerte. A saia estava encharcada e frios os pés. Estará morta.

Ditoso o Homem a quem, na primeira investida, A Dor, como uma vaga, envolveu na ressaca, Em vez de o arremessar, como «épave» perdida, De soffrer em soffrer, mas que nunca se aplaca! A Dor que mata, a Dor que d'um golpe redime,

A agua á noite assusta: fala, attrahe, e a sua frialdade tem qualquer coisa de cóva. O rumor das aguas lembra um ruido de vozes a concertar baixinho coisas presagas. Estava uma noite de silencio humido e abafado. Brilhava uma luzinha ao largo e ouvia-se a ressaca subir nas pedras, entrar nas cavidades poídas do caes.

Hoje, se Claudias ha em Mathosinhos, trazem saia pelo joelho e seguram vigorosamente contra a ressaca as esgrouviadas banhistas que vão molhar no mar os nervos doentes. Ó decadencia das Claudias, e outras!

A força da corrente era grande, porém, e arrastou-o pouco a pouco até junto de uma das torres de defesa, onde a ressaca o fazia tomar todas as direcções e posições possiveis no meio dos gritos das mulheres abafadas, das crianças trilhadas, do estalar das armaduras, que, permitta-se a imagem, eram os crustaceos que as ondas daquelle mar lançavam d'encontro ás rochas.

Ella cada vez andava mais desfallecida, pendia de cansaço, offegava; mas procurava illudir os disvelos da familia com um vigor que não tinha, como succede ao naufrago quasi a afferrar a terra, de que a ressaca da onda o afasta, e que hesita se deve luctar mais tempo, se deixar-se engulir nas voragens do oceano.

Palavra Do Dia

alindada

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