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Eram as duas visinhas que horas antes tinham convidado Augusta a acompanhal-as na fuga e que, arrastadas pela onda impetuosa dos que procuravam salvação, chegaram até ao Bomfim. Abeirou-se o moço a falar-lhes, por um momento radioso de felicidade, porque lhe acudira a lembrança de que as pessoas da sua familia as haveriam acompanhado.

Depois, depois os outros, que seguem pelo livro fora, e que vamos bisando e saboreando a pequeninos golos, durante algumas horas bem fugidas, passeadas por aquelas paisagens e recantos provincianos que ele nos pinta, tão real e verdadeiramente como se estivéssemos; em companhia daqueles tipos que ele retrata, tão fotográficos, tão nítidos, que é estar a gente a vê-los, a ouvi-los, a falar-lhes, a deitar-lhes o braço pelo ombro...

Se elle soubesse onde repousavam as cinzas da sua familia, iria para falar-lhes, para contar-lhes os extraordinarios lances da sua vida, para dizer aos frios restos de sua irmã por que razão não levava comsigo o annel, sobre o qual jurára vingal-a. Augusta, de dentro do sepulchro, responderia com o perdão implorado.

Viam-n'o curvar-se sobre os miseros e falar-lhes baixo, precipitado, ronco. Deixava-os a scismar d'olhos febris. As suas palavras ardiam. E subterraneo, incansavel, ferreo, minava. Ia á procura de odios para as atiçar. Prégava-lhes, apontando o Hospital:

A voz da multidão pela ravina era um marulho de ressaca mui confuso, e Êle sentiu entre pragas e risadas, entre os lamentos e os insultos que silvavam, sentia vozes de mulher... ouviu, ouviu-as... elas Êle ouviu, ouvia sempre... Queria falar ainda, quis falar-lhes e pedir-lhes perdão do que lhes disse, com parábolas mentirosas de doçura e com olhos de lago sem desejo... Esvaía-se em sangue, ia azulando.

Por isso quem por estradas Fôr, de noite, e vir as fadas Nos altos mirando o céo, Deve com geito falar-lhes Muito cortez e tirar-lhes Até ao chão o chapéo. Porque a fortuna da gente Está ás vezes sómente N'uma palavra que diz; Por uma palavra, engraça Uma fada com quem passa, E torna-o logo feliz.

A quem o ler, garantimos, sob a palavra de honra do nosso gosto, algumas horas muito bem passadas, passeadas por aquelas paisagens e recantos provincianos que ele pinta, tão real e verdadeiramente como se se estivesse; em companhia daqueles tipos que ele retrata, tão fotográficos, tão nítidos, que é estar a gente a vê-los, a ouvi-los, a falar-lhes... Os meus amores, meus amores, que encanto

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