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O portuguez fôra o preferido d'aquella «formosa das violetas» que Julio Janin relembra no seu folhetim.

O sino que dobra, o sahimento que passa, o doente que vae para o hospital, o pedreiro que cae da parede, o obreiro apertado entre o encaixe de uma roda e triturado nos dentes d'ella, os terraplenadores sotterrados nas saibreiras aluidas, os marinheiros comidos pelas vagas, o typho que devasta um bairro inteiro de operarios, mulheres sem maridos, paes sem filhos, filhos sem mães, tudo isto por vezes lhes relembra o Deus rancoroso que lhes prégam, e as surprezas da morte, e os perigos de sua precaria existencia, e com as miserias que findam outras que principiam, para nunca mais acabarem.

A iniciativa do sr. Consiglieri Pedroso no tocante ás relações luso-brasileiras relembra a de Castelar no que concerne ás hispano-americanas. A cultura historica, em ambos fortalecida pelas sciencias politicas e sociaes, levou esses dois espiritos de eleição a encararem o mesmo problema sob aspectos quasi identicos.

Quando Camões descreve nos Lusiadas, geographica e historicamente Portugal, referindo-se á tradição da antiga Lusitania, relembra o vulto que symbolisa a sua vitalidade resistente, diante da incorporação romana da peninsula hispanica: Eis aqui, quasi cume da cabeça Da Europa toda, o reino Lusitano, Onde a terra se acaba, e o Mar começa, E onde Phebo repousa no Oceano.

Lembranças de um viver pressentido, Ou memorias talvez de uma outra vida, Que nos relembra vaga, e como em sonhos, E sobre o fundo d'esta se destacam Como pela penumbra um vulto incerto... Aspirações, memorias, ou saudades, O que nos enche o peito e nos enleva Como um sonho de amor e mais ainda Senão este mysterio do futuro, Esta attracção do sêr a vida nova, Que se foge e se busca e nos revela A vida universal, então sentida Mais forte na harmonia do Universo?

Se recordava os chibantes pormenores da derrota em que pozera trinta aguadeiros, o som cavo das pancadas, a queda atordoada d'este, o levantar-se d'aquelle ensanguentado, a bordoada que abrangia tres a um tempo, a que afocinhava dois, a gritaria de todos, e o estrepito dos cantaros a final, Simão deliciava-se n'estas lembranças, como ainda não vi n'algum drama, em que o veterano de cem batalhas relembra os lourós de cada uma, e esmorece, a final, estafado de espantar, quando não é de estafar, os ouvintes.

Relembra lamentosamente, com a lagrima das bebedeiras ternas, o seculo dezoito, em que o genuino licor do Porto era um repuxo de vida que irrigára a preciosa existencia de grandes personagens da Gran-Bretanha. Recorda Pitt e Dundas, Sheridan e Fox, famigerados absorventes do nosso vinho.

Ella recorda todo o passado, mas suavemente, sem comparações desfavoraveis para nós, como os velhos impertinentes costumam!... Relembra, levemente melancolica, os tempos longinquos da mocidade, tão distante aos nossos olhos, tão vivos ainda na sua memoria.

Se o Infante D. Henrique é o nome prestigioso que preside a todos estes trabalhos, se o dr. Pedro Nunes é o theorico eminente, mestre dilecto e respeitoso que nos Roteiros a cada momento se relembra, o nome de D. João de Castro, do infatigavel capitão da nau Grypho e do galeão Coulão Novo, é decerto o do portuguez do seculo XVI que mais nobremente praticou a arte de navegar.

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