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A preta Domingas, que vendia fava rica, enviuvára; ao lado da sua casa morava um sapateiro, menos barbudo que Merlim mas da força d'elle em malandrinices. Alta noite o sapateiro trepava-se-lhe á chaminé e gemia lamentosamente: Eu caio! A minh'alma anda pinando as penas di purgatorio. Sou o teu difunto marido, i peno por ter ficado a diver uma moeda ao vijinho sapateio...

Não matou a quarta parte o forte Mario, Dos que morrerão neſte vencimento, Quando as agoas co ſangue do aduerſario, Fez beber ao exercito ſedento, Nem o Peno aſperiſsimo contrario, Do Romano poder de naſcimento: Quando tantos matou da illustre Roma, Que alqueires tres de aneis dos mortos toma.

Filodemo. Traze-me a viola . Traze-a, moço. Si, virá, Se não estiver dormindo. Ora hi polo que vos mando: Não gracejeis. Eis-me vou: Pois, pezar de São Fernando! Por ventura sou eu grou? Sempre hei d'estar vigiando? Sahe. Ah Senhora, que podeis Ser remedio do que peno, Quão mal ora cuidareis Que viveis e que cabeis N'hum coração tão pequeno!

Se he doudice, como em tudo A vida me abraza e queima, Ou quem vio n'hum peito rudo Desatino tão sisudo, Que toma tão doce teima? Ah Senhora Dionysa, Onde a natureza humana Se mostrou tão soberana! O que vós valeis me avisa, Mas o qu'eu peno m' engana. Solina e Filodemo. Tomado estais vós agora, Senhor, co'o furto nas mãos. Solina, minha Senhora, Quantos pensamentos vãos Me ouvirieis lançar fóra?

Pois s'agora o mar vês brando e sereno, E estender-se estas ondas por a areia, Amansadas das mágoas, com que peno, Logo verás o como desenfreia Eolo o vento por o mar undoso, De sorte que Neptuno se receia.

Fez-me lembrar com isto a quadra do nosso Tolentino: Pediu-me certa senhora, Pela qual ainda hoje peno; Que lhe fizesse um soneto Ainda que fosse pequeno.

116 "Não matou a quarta parte o forte Mário Dos que morreram neste vencimento, Quando as águas co'o sangue do adversário Fez beber ao exército sedento; Nem o Peno asperíssimo contrário Do Romano poder, de nascimento, Quando tantos matou da ilustro Roma, Que alqueires três de anéis dos mortos toma.

O bem, que Amor me não deu No tempo que desejei, Quando delle me apartei, Me confessou, qu'era meu. Agora que farei eu, Se a fortuna me desvia De lograr esta alegria? Não sei se foi enganado, Pois me tinha defendido Das íras de mal querido, No mal de ser apartado. Agora peno dobrado, Achando no fim do dia O princípio da alegria. Deos te salve, Vasco amigo. Não me fallas? Como assi?

Passo por meus trabalhos tão isento De sentimento grande nem pequeno, Que por a vontade com que peno Me fica Amor devendo mais tormento. Mas vai-me Amor matando tanto a tento, Temperando a triaga co'o veneno, Que do penar a ordem desordeno, Porque não mo consente o soffrimento. Porém se esta fineza o Amor sente E pagar-me meu mal com mal pretende, Torna-me com prazer como ao sol neve.

Huma Venus me pedio, Por quem inda eu hoje peno, Que lhe fizesse hum Soneto, Inda que fosse pequeno; Dinheiro, invisto dinheiro, em ti he que eu me fundo; Tens o Direito da força,

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