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Tirava do estojo de marroquim escarlate o pente de dentes escamosos que ella usava para alisar os cabellos descompostos pela pressão de meus dedos tremulos. Atiçava o dôce fogo que se avermelhava entre as cinzas. Aproximava do fogão a cadeira d'ella; trazia do divan a almofada em que ella punha os pés, e eu os joelhos, na attitude dos devotos contemplando seu idolo.

Sacudia da poeira uma antiga pasta de marroquim para transportar a Obra amada quando o Bento empurrou a porta, ajoujado com uma cesta de vime que uma toalha de rendas cobria. Um presente. Um presente... De quem? Da Feitosa, das senhoras. Bravo! E com uma carta, que vem pregada na toalha. Com que curiosidade Gonçalo despedaçou o sobrescripto!

Era uma commissão de juizes da provincia, que vinha apresentar os seus cumprimentos a s. ex.ª. Ageitou o laço da gravata, kaiserizou um pouco os bigodes, pousou a mão direita, levemente espalmada, sobre a pasta de marroquim, deixou cair o braço esquerdo ao longo do corpo, muito á vontade, e disse ao continuo que mandasse entrar.

Depois dava um charuto a Mauricio, accendia outro, apezar da tosse que o fumo lhe causava, e continuava pintando. No quarto do pintor, graças ás offertas do conde de Loreto, encontravam-se todas as commodidades apetecidas. Quatro pelles de leão almofadavam o sobrado; duas commodas cadeiras de braços forradas de marroquim recebiam o pintor quando se sentia fatigado.

Para outro lado do quarto havia uma cama. Completava a simples guarnição d'este aposento um sophá forrado de marroquim verde, collocado no meio da casa defronte de uma ampla mesa em que estava posta a minha ceia á luz fulgurante de um grande candeeiro com largo abat-jour. Queres que te confesse a verdade?

E depois da poeira e dos solavancos da estrada, pareceu mais doce a Gonçalo a frescura do seu quarto com as quatro janellas abertas sobre o jardim regado e sobre a cerca das Monicas. Cuidadosamente, guardou logo n'uma gaveta da commoda a pasta preciosa de marroquim.

Tem. Tem uma carteira de marroquim. Tral-a comsigo. Anda cheia de cartas...Levou-a decerto. Nunca a deixa. Sahi, desci a escada, correndo, fugindo d'aquelle desastre, d'aquella vergonha, d'aquellas confidencias. Atirei-me para o fundo da carruagem. A casa! gritei. Tinha fechado os stores; soluçava, sem soluçar . Betty! Betty! clamei logo no corredor. Ella appareceu, correndo.

E o Poemeto cantava, com romantico garbo, um lance de altivez feudal em que se sublimára Tructesindo Ramires, Alferes-mór de Sancho I, durante as contendas de Affonso II e das senhoras Infantas. Esse volume do *Bardo*, encadernado em marroquim, com o brazão dos Ramires, o açor negro em campo escarlate, ficára no Archivo da Casa como um trecho da Chronica heroica dos Ramires.

Depois, á noite, o gabinete com a mesa redonda no centro, o candieiro de Carcel de luz clara e discreta, a poltrona de marroquim, com os grandes braços abertos que me convidam, os jornaes do dia, a ultima Revista, um romance novo, e a minha querida mulhersinha, com um vestido que lhe fica muito bem e que andou ella propria a fazer ás minhas escondidas a ladina! como se eu não tivesse olhos perspicazes que vêem de longe! com os seus longos cabellos louros penteados d'aquelle modo simples e puramente artistico, que faz da cabeça de cada estatua grega uma cabeça encantadora, e sobretudo com o seu sorriso bom, o seu olhar affectuoso e honesto, a sua voz consoladora que é uma musica, a melhor das musicas para o meu coração!

Passeiava pela aldeia de chinelos de marroquim verde ou sapato de tapete, e era tal n'elle a delicadeza do andar, que voltava a casa sem que uma mancha ennodoasse a alvura das suas meias de algodão fino. Aos domingos e dias de festa indignava a relva dos caminhos, calcando-a com bota de polimento.

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