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Um janota sentado a uma das mesinhas do café, deante de uma garrafa de Père Kermann, aspirava o fumo aromatico de um charuto pequenino. Passados momentos, tirou o relogio da algibeira, viu as horas, engoliu de um trago as ultimas gottas do calix e, chamando o criado pelo nome, atirou-lhe uma nota de dez mil réis. Quando o criado voltou com o trôco, levantou-se deixando o cobre em cima da mesa.
Em Villa-Clara, na Assembleia, o José Gouveia já encolhia os hombros, rosnando: «Desandou em janota!» Mas nos fins d'Abril uma noticia de repente alvoroçou Villa-Clara, espantou na quieta Oliveira os rapazes do Club e da Arcada, perturbou tão inesperadamente Gracinha, então em Amarante com o Barrôlo, que n'essa noite ambos abalaram para Lisboa e na Torre atirou a Rosa para um banco de pedra da cosinha, lavada em lagrimas, sem comprehender, gemendo: Ai o meu rico menino, o meu rico menino, que o não torno mais a vêr!
Era sua inseparavel uma badine, em que pegava com o primor do fino janota; frequentava o café Marrare, onde ia discutir a politica do dia.
Fallavam agora dos galanteios da Figueira no ultimo outomno e discutiam o procedimento d'uma menina de Coimbra que passava a noite a fallar, a uma janella baixa, com um janota de Lisboa, um tal Couceiro d'Abreu, que se dizia de boa familia, mas que pelos modos não o parecia. Era a mais velha das Silvas que sustentava a conversa com o dr. Carvalho.
Crespo tomava parte activa em todas as nossas façanhas mais ou menos habituaes, que eu já historiei largamente no livro Atravez do passado o meu primeiro livro de saudades. Brigavamos patrioticamente quasi todas as noites com o criado da casa: o Angelo, um gallego. Crespo era então o mais janota de nós todos, tinha a linha elegante e aristocratica.
As pessoas crescidas, como nós lhes chamavamos, dançavam, jogavam o whist, o voltarete ou conversavam simplesmente. Os homens fallavam de politica: fallava-se muito n'aquelle tempo do marechal Saldanha, o heroe da Regeneração; principiava a fallar-se de Fontes Pereira de Mello, o ministro novo, o ministro janota. As senhoras fallavam de criadas e modas, como agora, como sempre.
D'uma vivacidade... Que pena ter casado com aquelle homem... Mas anda cá, continuou o filho do Albuquerque pondo as mãos na cintura de Claudio e olhando o attentamente, reparo agora!... Estás um janota! Que é da modestia e do estudo e d'essa austeridade d'outros tempos? Um pouco mais civilisado, um pouco mais civilisado... Querias-me eternamente rustico? Não, quero-te assim, estás muito bem.
Um joven bem estrellado de minas e camapheus, chama-se no Porto um janota. A menina ingenua diz á visinha: «conhece aquelle janota?» ou «fulaninha namora um janota louro.» Não se cuide, porém, que este epitheto implica mofa ou menospreso como em Maçãs de D. Maria, ou Lamas d'Orelhão. O janota portuense é uma cousa séria, que póde ser vereador, e irmão da ordem terceira.
O Morgadinho dos Poyaes... Se vive lá, ou se vai pela manhã e vem á noite, isso não sei. O que sei é que voltou... E janota, fato novo... Eu entendi que devia avisar, porque póde estar certo que elle, mais dia menos dia, dá pela Ameliasinha lá na Ricoça...
A filha conseguiu, passados annos, Uma cousa fallar mui duvidosa Que os francezes, talvez, diriam tartaro! Mas seria francez, o caso é este: Um dia estava o pai, e ella, e um outro Janota almiscarado, conversando. De improviso a menina a lingua solta Em barbaros grasnidos que atarantam A cabeça do velho. O «petimetre» Responde em algarvia semelhante.
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