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Não, que uma coisa assim!... Nem que a minha ama nova não soubesse lêr, não fosse capaz de ter um jornalEra uma injuria para nós ambos. E eu ficava consolada, vendo-o atravessar o pateo, seguido das gallinhas, gallos, perús, marrecos, com o ganso pae á frente o Caetano como lhe chamavamos.

E o Figueiredo que se ria pelos olhos e pelo hirsuto bigode quando lhe chamávamos o Pegas, o Covarruvias, e lhe líamos um imaginário plano, rigoroso e draconiano, de reforma dos Estatutos da Universidade? Muito desconfiado e estudioso, não encavacava quando lhe dizíamos que ele se aplicava... 25 horas por dia!

Por isso nós lhe chamavamos «o Principe da Gran-Ventura»! Jacintho e eu, José Fernandes, ambos nos encontramos e acamaradamos em Paris, nas Escólas do Bairro Latino para onde me mandára meu bom tio Affonso Fernandes Lorena de Noronha e Sande, quando aquelles malvados me riscaram da Universidade por eu ter esborrachado, n'uma tarde de procissão, na Sophia, a cara sordida do dr. Paes Pitta.

As pessoas crescidas, como nós lhes chamavamos, dançavam, jogavam o whist, o voltarete ou conversavam simplesmente. Os homens fallavam de politica: fallava-se muito n'aquelle tempo do marechal Saldanha, o heroe da Regeneração; principiava a fallar-se de Fontes Pereira de Mello, o ministro novo, o ministro janota. As senhoras fallavam de criadas e modas, como agora, como sempre.

Todos lhe chamavamos doutor, sem offender-lhe a modestia nem a consciencia. Por muito tempo o julguei mais ou menos conscio das duas faculdades; mas, acaso, um dia soube em Braga que o doutor do Salgueiral não fizera, sequer, exame de latim. Nada revelei aos meus patricios, nem a elle o esbulhei do grau de bacharel.

Eu te digo, Pires; elle teve em tempo alguma influencia no ministerio, mas depois de um certo emprego na alfandega que pediu para o sobrinho, e que não obteve, abandonou a regeneração... Que sobrinho? O que nós em Coimbra chamavamos o gigante Polyphemo? Oh que alarve! Sempre foi um homem, que teve a habilidade de concluir o curso, e que nunca se pôde conformar com a existencia dos antipodas.

Todos eram de opinião, quanto á mulher, que ella representava umas ruinas muito menos antigas que as do convento do Carmo, mas não menos pittorescas. O Leotte era de esperar exagerava a belleza da brazileira, como todos lhe chamavamos, e acrescentava que, quem quer que ella fosse, vinha da escóla da experiencia, da escóla pratica do mundo. Era abelha-mestra, concluia elle.

Quando se chega a isto, quando se adivinha o thesouro que a todos foi prodigamente aberto e que raros aproveitam, uma absorvente avidez de sensações nos invade e somos arrebatados por este espectaculo prodigioso e infindo que nos vem d'aquillo que antes chamavamos mudez e solidão.