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Atualizado: 17 de julho de 2025
Por via de regra, o janota é uma creatura que nasce, cresce, abre-se em florescencia variegada de frakes, e colletes, e pantalonas; toma posse do balcão paterno aos trinta annos, corta o bigode para que lhe descontem as letras, põe oculos se teve o infortunio de estragar a vista com a luneta que lhe servia de não vêr nada, fructifica em crianças gordas que entrajam á escoceza, e escôa-se de vida através de quarenta annos de lerda pachorra de espirito, legando á prole um nome limpo, com pequenas farruscas que se ensaboam na barreia de um necrologio, e dous legados de cincoenta mil reis ás entrevadas da Cordoaria, e alguma cousa ao hospital do Terço.
Dyonisio e Eduardo atravessaram o quintal silenciosos; chegando a uma portinha que deitava para a estrada, o sr. de Val-de-Camellos tirou uma chave que trazia na algibeira, abriu a porta, e os dois contendores sairam. O sangue de um de nós ha de ser hoje derramado, vociferou o illustre janota do Porto, com tetrica intonação.
N'um quintal da rua das Fontainhas, logo á entrada, descendo do Jardim de S. Lazaro, ha ainda hoje um casebre, que n'esse tempo pertencia a duas pobres mulheres, donas do cão. Ali piedosamente receberam o guitarrista, que na primeira noite de hospedagem fôra mordido pelo animal, que dava pelo nome de Janota, e se rebellara contra todos os affagos do hospede.
Ao cabo d'algum tempo de convivencia, o nome não tinha razão de ser, porque homem e cão viviam em boa camaradagem; todavia subsistiu. As proprias donas do casebre se habituaram a dizer Junot em vez de Janota. Em tamanha pobresa permaneceu o guitarrista até novembro de 1857, epoca em que o meu amigo, o sr. Antonio Martins Leorne, teve casualmente occasião de falar-lhe.
Capaz és tu de entrar, sendo janota, no ceu... por uma nesga. Trazes um dogue ao collo... Tens na tia chaperon e banqueiro. Anda estafada a velha e mais a burra. A orthographia comtigo, ao vêr as duas, não quer nada. Quem de môlho as barbas não poria vendo a barba visinha incendiada?! Dás á lingua durante o santo dia, e bates na criada! A coisa mais feliz de quanto existe és tu portanto.
Foi poisar direito na copa do chapéo alto do espantalho, e voltou-se depois para os amigos, a chilrear com uma grande troça. Por toda a deveza estalou então uma gargalhada frenetica dos outros, que observavam, cheios de alegria, a immobilidade do janota! D'ahi por meia hora é sabido! estava a sementeira desvastada!
Gonçalo enfiou surrateiramente para o seu quarto, pensando: «Que desavergonhadas! Chegou o André, veem logo cocar!» E já se lavára, mudára o fato cinzento, quando o Barrôlo appareceu, esbaforido, desusadamente radiante, de sobrecasaca, de chapeu alto, com as bochechas accesas, alvoroçadamente radiantes: Eh, seu Barrôlo, que janota!
Ao magote de mancebos que affluira á porta da sala, a solicitar valsas e polkas, respondeu ella, sorrindo, estar já compromettida «para todas as danças». E logo, com uma leve anciedade, os negros olhos tentadores de Paquinha perscrutaram o aposento, procurando Julio. Lá não estava o rapaz. Se tinha vindo? perguntou a um janota.
Palestras, quer de sala, quer a horas mortas, da rua para a janella, que piedosa criada deixou aberta, são, se a patrulha o tolera, a morte de ambas as declarações, porque o janota que falla é muito menos soffrivel e grammatical que o janota que escreve. Ainda assim, o casamento remata isto que se chama o namoro.
Não lhe chamavam janota porque a palavra estava por cunhar na casa da moeda da vernaculidade.
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