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E a «meia» batia no relogio da Camara, quando Gonçalo, que se retardára na Assembléa n'um voltarete enremissado, appareceu annunciando uma fome terrivel, «a fome historica dos Ramires», e apressando a marcha para o Gago sem mesmo consentir que o Titó descesse á tabacaria do Brito, a buscar uma garrafa de aguardente de canna da Madeira, velha e «da ponta fina...» Não ha tempo! Ao Gago!

Pois não serei eu que me proponha estudar a origem do vinho, para não incorrer no ridiculo d'aquelle sabio que, tratando de descobrir o inventor do jogo do voltarete, ficou capacitado de que tinha sido... Voltaire.

Haviam perguntado ao dono do Elephante azul: Sabe o voltarete? Não, sr. Sei fazer champagne, sei fazer cognac, sei fabricar cerveja, não sei jogar o voltarete! Porque não trata de o aprender? Não vale a pena: não é coisa que se venda.

Não podia ter mais gloriosos responsos o cadaver de um morto illustre. Estou agora a lembrar-me da primeira vez que fui recebido em sua casa. Era na rua de S. Bento, em noite de recepção politica. Fontes, de casaca, viera ao meu encontro, dissera-me palavras amaveis. Perguntou-me se eu gostava de jogar. Respondi-lhe que apenas sabia jogar o voltarete.

Nunca o Barrôlo, consentiria em perder o seu voltarete no Club, e a cavaqueira da tabacaria «Elegante», e as chalaças do Major Ribas! Afogueado pelo calor, pela emoção, Gonçalo abriu a varanda.

A menina, por sua parte, entrou de deixar-se influenciar agradavelmente pela amena eloquencia do unico homem estranho que fallava n'aquella casa. Era elle o unico orador dos serões intimos; a unica voz que sobrepujava o fremito das cartas na mesa do voltarete.

Assim passados, e nada mudára no mundo, no seu curto mundo d'entre os Cunhaes e a Torre, e a vida rolára, e tão sem historia como rola um rio lento n'uma solidão: Gonçalo na Africa, na vaga Africa, mandando raras cartas, mas alegres, e com um enthusiasmo de fundador de Imperio; ella nos Cunhaes, e o seu Barrôlo, n'um tão quieto e costumado viver, que eram quasi d'agitação os jantares em que reuniam os Mendonças, os Marges, o coronel do 7, outros amigos, e á noite na sala se abriam duas mezas de panno verde para o voltarete e para o boston.

Mas depois d'organisar a mesa do voltarete, tive de abancar, eu, para substituir o Manoel Albergaria, que era dispeptico, se declarára «affrontado», e desejava respirar um momento na varanda. Todos aquelles cavalheiros, de resto, se queixavam de calor. Mandei abrir as janellas que davam sobre as mimosas do pateo.

Mas na véspera o Manoel Duarte, na Assembléa, á mesa do voltarete, annunciára uma fuga a Lisboa por tres dias, para tratar do emprego do sobrinho nas Obras Publicas. Pois corria a Villa-Clara pedir ao snr. Manoel Duarte que lhe comprasse em Lisboa um bonito guarda-solinho de sêda branca com rendas... O snr. Manoel Duarte tem gosto; tem muito gosto!

fóra quem não domina e governa a critica tem de sujeitar-se a ser trinchado por ella.... Fica pois em casa, tranquilla no teu rapé e no teu voltarete. Não queiras parecer-te com estes jovens burguezes que se arruinam, que se encanalham, que se desgraçam voluntariamente para se darem nos salões um falso ar de homens do mundo com que elles se enganam.

Palavra Do Dia

vagabunda

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