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Altas horas á janella, todo o céo pontilhado d'estrellas, ouviu soluços na quietude da noite. Cahia um luar enorme e a treva tacita parecia esperar escutando. muito ao longe, no silencio que lhe pareceu presago, dir-se-hia que uma nascente deixára correr um fio de agua um fio... Ou talvez fosse luar que corresse... Dirieis lagrimas. Poz se a olhar inquieto.

Junto á sua orelha, d'uma brancura de concha branca, balbuciei nomes ineffaveis: disse-lhe rechonchudinha, disse-lhe riquiquitinha. Ella estremeceu, ergueu os olhos magoados para a poeirada d'ouro. Que d'estrellas! Deus queira que ámanhã o mar esteja manso!

Deixei submisso, trémulo Como exorando as Parcas, Aos meus humbraes um séquito De palidos monarchas. Este diadema unico D'estrellas constellei; Em nova, summa Ilíada Sou de reis um rei. E aqui!... aqui rodêam-me, Activos serviçaes, Os meus ministros-principes, Meus duques-marechaes! Fervem do Sena ao Vistula Os arraiaes em peso, Como nas veias tumidas Um sangue em febre accêso! Olhae!

E essas almas todas ella apasigua Com o dos seus olhos balsamo eficaz: Verte sobre as penas sugestões de lua, Mantos d'estrellas á miseria nua, Lagrimas aos crimes e ao remorso paz... Esconjura demos, bruxas, feiticeiras, E dos sonhos loucos o torpor febril... verdura aos gados, chuva ás sementeiras, Faz bailar as moças ao luar nas eiras, Faz fugir os lobos vendo o seu candil.

Era noite: do céu limpo e sereno Milhões d'estrellas trémulas pendiam, Quaes as nocturnas lampadas d'um templo, E as ribas ermas sussurrar se ouviam. D'alterosa galé o negro vulto Corta ao largo, bem largo, o mar do Algarve, E nas serras d'Africa fronteiras Branqueja a espaços o albornoz do alarve.

Pobre cantora d'amarguras, não era aquelle o seu lindo céo, povoado d'estrellas, que lh'as ouviam! A brisa, que bebia dos labios d'ella as endeixas tristes, indo-se pelos valles a dizel-as aos eccos, fugira espavorida ao açoute do bulcão do mar. Talvez que a timida senhora, de joelhos com a aterrada Thereza, estivesse resando a Magnificat e jaculatorias a Santa Barbara!

O terceiro véo era feito d'um retalho do azul celeste, bordado d'estrellas, e perfumado com aromas suavissimos. Foi o seu anjo da guarda, que lh'o deu no mesmo dia em que ella entrou no paraizo. *Os pequenos no bosque*

Tão admiravel, como incomprehensivel; e mais incomprehensivel ainda, essa infinidade d'estrellas, bastas como as areias das praias, que são outros tantos soes, illuminando os seus mundos, invisiveis para nós; soes de todas as côres e, talvez, de natureza differente. Que espectaculo não deve ser o do Universo aos olhos do creador! Depois, voltando-se para o Oceano, dizia: Carlos!

Que val eterno vagueiar no espaço, Se nosso nome se afundou no olvido? «I­mpio, silencio! A tua voz blasphema Da noite a paz perturba. Verme, que te rebellas Sob a mão do Senhor, Vês os milhões d'estrellas De nitido fulgor, Que, em ordenada turba, A Deus entoam incessantes hymnos? Quantas vezes apaga Do livro da existencia Um orbe a mão do Eterno!

São ellas! as vizões dos meus dias felizes, Meus sonhos virginaes, as minhas illusões, Que a seiva dão agora aos vermes e ás raizes, Que em pasto dão seu corpo a novos corações! São as sombras que amei, divinas, castas, bellas; As chymeras gentis, os vagos ideaes, Que de rozas cingi, que illuminei d'estrellas, E que não podem da terra erguer-se mais!

Palavra Do Dia

vagabunda

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