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Para a alma do que preliba os encantos do céo, a gloria do mundo é uma tentação dolorosa, um martyrio incessante; porque então para ella a vida é como a luz vivida da alampada, que se consome no silencio da noite diante da imagem veneranda; assim, a alma procura envolver-se no olvido, no esquecimento de si para resplandecer mais pura.

«Ai! quão pesada me tem sido!» e em meio, A fronte exhausta lhe pendeu na mão, E entre soluços arrancou do seio Fundo suspiro de cruel paixão. «Talvez que rindo dos protestos nossos, Gozes com outro d'infernal prazer; E o olvido cobrirá meus ossos Na fria terra, sem vingança ter!

Mas, oh harpa, transmitte as saudades Do que foi em legado ao porvir, E o presente, que em breve ha-de o olvido Com o seu amplo manto cubrir. Contarão as canções do poeta Tão-sómente do claustro o segredo. Vai a hera vestir estas pedras: Cahirá este annoso arvoredo. Sim, virá a segure insensata Da montanha o senhor derribar! Rei deste ermo, que os curos insultas, Tu serás o ludibrio do mar.

E neste apaziguamento sem termo, na absoluta desolação desta soledade infinita, a monotonia sem fim da pampa alastrava como uma imensa mortalha, era um mar morto num país de olvido.

Ao ver como da terra surde o verme, Deixa o bruto as florestas, a ave desce, E alli affluem, demandando no homem Todos quinhoar prêsa, e achando todos O lucro seu na decadencia d'elle. Alli se via derrocado templo: São cinza e longo olvido as mãos que o erguêrão. Inda algumas columnas, e dispersos De marmore e granito mil fragmentos O sólo opprimem, recobertos d'herva.

Ali êle encontrava uma íntima e perfeita conformidade entre a amiga efusão das almas e o afago tranqùilo das coisas. Embalavam-no na mesma onda de beatitude e carinho, o sorriso afável das figuras e a placidez infinita da paìsagem, aqui tam diversa das fragoeiras e montanhosas agruras dos cêrros da sua terra. Tinha uma vida leve, encantadora, fácil, vida de confiança e olvido.

La mar en medio y tierras, he dejado Á cuanto bien cuitado yo tenia: Cuan vano imaginar, cuan claro engaño Es darme yo á entender que con partirme De se ha de partir un mal tamaño! Quão mal está no caso quem cuida que a mudança do lugar muda a dor do sentimento! E senão, diga-o quien dijo que la ausencia causa olvido. Porque emfim la tierra queda, e o mais a alma acompanha.

Assim crês, não terás jamais outro marido; Pois abra-me o sepulchro a sua eterna porta E tudo irá sumir-se em um perpetuo olvido. Negue-me a terra o pão, e a luz o firmamento! O meu goso maior transforme-se em tormento! Minha esperança e tornem-se em negro inferno! Seja a fome em prisão o meu futuro eterno!

O silêncio é vasto, esmagador e solene como um crépe de olvido, como uma mortalha de sombra... apenas de longe em longe picada pela microscópica nota estrilante, encarnada ou azul, de algum raro saiote feminino.

Assim foi visto, em plena gloria de Garrett, aquele alto poeta, que Camilo festejou, Inacio Pizarro de Morais Sarmento, tão companheiro no olvido sempre temporario dentro da justiça dos povos de Pedro de Lima, de Jorge Artur, de Hamilton, de José Augusto Vieira, de Simões Dias, de Antonio da Costa, de Antonio Tomaz da Silva Leitão e Castro, de Pereira da Cunha, de João de Lemos, de Alexandre da Conceição, de Guilherme de Azevedo, e de tantos, por vezes suplantados por homens muito menores.

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