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Como quando do mar tempestuoso O marinheiro todo trabalhado, De hum naufragio cruel sahindo a nado, de ouvir fallar nelle está medroso: Firme jura que o vê-lo bonançoso Do seu lar o não tire socegado; Mas esquecido ja do horror passado, Delle a fiar se torna cobiçoso: Assi, Senhora, eu que da tormenta De vossa vista fujo, por salvar-me, Jurando de não mais em outra ver-me; Com a alma que de vós nunca se ausenta, Me tórno, por cobiça de ganhar-me, Onde estive tão perto de perder-me.

Tu és o collo Onde me embalo, E acho consolo, Mimo e regalo: A folha curva Que se aljofara, Não d'agoa turva, Mas d'agoa clara! Quando me passa Essa existencia, Que é toda graça, Toda innocencia, Além da raia D'este horizonte Sem uma faia, Sem uma fonte; O passarinho Não se consome Mais no seu ninho De frio e fome, Se ella se ausenta, A boa amiga, Ah! que o sustenta E que o abriga!

Por Sécia ter sua mana, para onde vay estar dias, e noites huma com a outra, (e se he cazada com marido auzente melhor) trazendo no peito seu martyrio, para mostrar por Sécia anda toda martyrisada (talvez de dezejos) outras vezes saudades aos pares, senaõ he ás duzias, affectando que as tem; e pelos nomes lhes vay buscar a sua significaçaõ para o seu amor, e na realidade he com acerto; pois como flores que murchaõ, assim he a sua constancia. Alguma que se quer affectar mais firme (se he que naõ he mais varia) traz estas flores, por Sécia, de seda para mostrar ao seu amor a constancia: e se acaso este se ausenta, ou entre elles ha alguns arrufinhos, traz cousa preta, ou fumo; (que nisto tudo vem a dar estas quimeras, em huma pura fumaça) e coitadinho delle se se fia nella, pois tudo he huma mera Sécia. J

Amigos e adversarios protestaram, n'uma tregua lutuosa, contra a usurpação de uma existencia cuja utilidade todos agora reconheciam. Foi uma dupla perda, em verdade, porque perdemos um homem, e deixamos de ter outro. Sempre que a obra de um homem não está concluida, a sua perda equivale a duas: é um trabalhador que se ausenta, e que não mais voltará. Faz portanto falta ao presente e ao futuro.

Pranto e risos, succedendo-se rápidamente sem explicação para quem os , sem explicação mesmo para quem os sente humedecer as faces, ou descerrar os lábios, são em geral o resultado vulgar do toque da vara do grande feiticeiro: emquanto o feitiço conserva toda a força, o pranto é como os chuveiros de Maio, que veem como para fazer ressaltar o sol que lhes succede, ou como os orvalhos de Junho, que refrigeram as flores; quando o feiticeiro se ausenta, o riso é como o luar em noites de Fevereiro, quando tudo é silencio: contrista como elletraz melancholia.

Não levantes os teus braços, Para de novo cingir A minha carne de seda; Vou deixar-te... vou partir. E se um dia te lembrares, Dos meus olhos côr de bronze E do meu corpo franzino, Acalma A tua sensualidade, Bebendo vinho e cantando Os versos que te mandei N'aquella tarde cinzenta... Adeus! Quem fica soffre bem sei; Mas soffre mais quem se ausenta!...

Marido... foge ao lar por onde a Do amor pode ser a unica sincera... E vae, vae elle como a féra Viciada, em procura do covil, Onde recebe o goso d'essas mil Desgraçadas sem alma, sem consciencia! vae elle, deixando esta innocencia Do altar que a pura Egreja solidou, Em troca do que nunca, nunca amou; Porque amar, nunca e nunca sabe, quem Se ausenta de tão santo amor de mãe!

Palavra Do Dia

dormitavam

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