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E vós, ó tristes! tristes! que haveis ido tranzidos repousar na valla fria, esquecidos, inglorios, sem um pranto a lagrima acceitai d'este meu canto! Acceitai este canto, como preito craneos de lava que não orna o louro! e emfim morrestes, porque o vosso peito bateu nas pedras, d'entre as nuvens d'ouro.

Muitas vezes, na rua de Varennes, os entrevi eu dentro d'um cofre hespanhol do seculo XIV, de ferro lavrado, que Fradique denominava a valla commum. Esta senhora, que se chamava Varia Lobrinska, era da velha familia russa dos Principes de Palidoff.

Mais para o fundo ha como um abysmo, valla commum de treva empastada. Os gritos redobram; depois, por momentos, o silencio suffoca, como o d'um sepulchro. Se é luar que cahe d'aquella fresta, cuida o banco. Se fosse luar!...

E, depois d'estes abrolhos, Hei de ter a valla escura Do teu peito, e esses teus olhos Coveiros da sepultura. Não terei pompas de pasmos, Nem a estatua que lastíma; E hão de mandar pôr-me em cima Uma cruz dos teus sarcasmos! E para que a morte atteste Epitaphio de bocejos, E ao erguido um cypreste, Nascido dos meus dezejos.

Algumas vezes, ao fundo do cemiterio, junto ao muro, via um homem ajoelhado ao d'uma cruz negra, que um chorão assombreava, ao lado da valla dos pobres. Era o tio Esguelhas, com a sua moleta no chão, rezando sobre a sepultura da Tótó. Ia fallar-lhe, e mesmo, n'uma igualdade que aquelle logar justificava, passeavam familiarmente, hombro a hombro, conversando.

E da tumba do hospicio hora a hora resvalla Uma carga de entulho humano para a valla. Juntam-se aos nove e aos dez, rimas de carne morta, Na mesma cova. A edade e o sexo pouco importa. Confundem-se no podre açougue subterraneo.

A nudez e a fome, tomam então logar juncto ao umbral solitario da infeliz!... Que lhe resta?!... Vender-se!... Pedir ao primeiro que passa, que lhe estampe na fronte o ferrete do aviltamento pelo óbulo da infamia!... Depois, as dissoluções, a velhice prematura, a miseria e a doença!... Depois, a enxerga da caridade!... Depois, a valla commum do cemiterio!...

Em remate, da Ilha dos Amores, trasladamos para a valla do noticiario esta divina lirica: IGNEZ Na tua bôca macerada Por tantos beijos mercenarios que soffreste, Meu labio achou ainda a candura sagrada Que da avidez das outras bôcas escondeste...

«Mas o Genio infeliz, o vulto immenso o heroe cantor vencido pela morte esse que me perturba, quando penso no implacavel da tyrana Sorte, esse que entrou no bosque denso, que partiu o muro bronzeo e forte, que em breve vão deitar na escura valla, esse, de eu fallar... treme-me a falla

Lembrei-me do frio da terra e do contacto da carne com os corpos frios e molles dos bichos nos cemiterios. E requintei na fantasia as sensações da longa fileira dos rigidos cadaveres, que via dormindo na valla commum o somno doloroso da morte. Passou-me um calafrio pelo corpo, ergui-me, levantei a golla do casaco e comecei a passear pelo quarto.