Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 14 de julho de 2025
Quanto a Valentim, não lhe faltou medo que D. João V o mandasse enforcar como fizera áquelle gentil rapaz que ousára disfarçado em carvoeiro visitar-lhe, no convento da Rosa, a cigana Soror Margarida do Monte, a quem o rei mandára vestir o habito. O desgraçado ficou na tradição com o nome de carvoeiro da Rosa.
Valentim repousava tres horas em cada noite, e velava as outras, folheando papeis, e dando expediente a negocios attinentes aos seus haveres. Algumas vezes ia á cidade em carruagem que comprara n'este ultimo praso da vida, não tanto para elle, como para os passeios de Corinna. Valera-lhe a gotta para colorir o presente aos seus queridos commensaes.
Os meus negocios deixe-os entregues ao senhor Valentim da Costa, a quem escrevo. «Na proxima semana partimos para Lisboa. Na sua chegada alli encontrar-me-ha logo. «Corinna tem as tristezas da duvida. Venha dar-lhe a ventura que a mais ridente esperança não póde dar-lhe...................................»
Proseguiram largo tempo dialogando juridicamente, e ultimaram indecisos no que deviam fazer. Antonio d'Azevedo desvelou aquella noite em hypotheses que se combatiam e destruiam. Amanheceu-lhe o dia seguinte para incessante inquietação e dolorosa perplexidade. Voltou ás onze horas ao escriptorio de Valentim da Costa, e encontrou-o encerrado com Fernando de Athaide.
Requereu, disputando-a ao patriarcha Santo Agostinho. Sahiu-lhe a igreja com embargos á annullação dos votos da freira. A religião permittia que ella os transgredisse com o marquez e com o Valentim; mas que os annullasse para se tornar ao marido, isso era feio. A final, Soror Isabel safou-se do mosteiro, metteu-se em Castella, e voltou a representar com o marido no theatro de Madrid.
Valentim Fernandes, porém, segundo adiante vai ver-se, ainda n'este último anno trabalhava, e se este, afinal, tem de ser considerado o último da sua vida, bem poderá ter-se dado que Germão Galharde, obreiro quem sabe? de qualquer d'estes seus tres antecessores, se habilitasse com o material do celebre impressor da viuva de D. João II, para começar a sua laboração de conta propria, logo no anno seguinte ao do desapparecimento d'este.
Valentim continuou: Visto que está o almoço na mesa, o primeiro passo a dar, meus filhos, é... almoçar! No decurso da conversação durante o almoço, disse Fernando de Athaide: Ahi vão novidades, meu caro Azevedo. O visconde da Cruz casa brevemente com Emma, e Luiz Taveira com Leonor. Eliza tem doze annos, e já é pretendida. Quem de certo nos fica solteira é a nossa Corinna! que pena!
Nós, porém, tendo pela experiencia conhecido quanto importa consultar um escripto, em que se pretende basear a veracidade de uma allegação, vamos pela primeira vez dar á estampa a integra da referida lenda, que nos foi permittido tirar de uma cópia authentica do livro de Valentim Fernandes, feita em 1848, e existente na bibliotheca particular de sua magestade el-rei de Portugal.
Riram todos, e Valentim exclamou: Solteira! essa é boa! Não consentirei eu que a belleza assim seja ultrajada! Aqui está a minha mão, senhora D. Corinna!
Segundo as mais recentes investigações parece que seria um, editado talvez em 1521 por Valentim Fernandes, e do qual houve diversas edições; cita-se, porém, a lembrança de outro publicado em 1519.
Palavra Do Dia
Outros Procurando