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Atualizado: 12 de junho de 2025
Por isso no dia em que se passaram as scenas narradas no ultimo capitulo e nas quaes a intrepida Anna do Védor desempenhou tão importante papel, D. Luiz achava-se em um estado de abatimento pouco animador. Não sahira esse dia do quarto, como era seu costume quando ia sentar-se com Bertha á sombra das arvores.
Tu?! exclamou D. Luiz sobresaltado, e voltando-se rapidamente Tu queres... tu vaes casar-te?! Sim, snr. D. Luiz, está decidido que isso se faça e eu peço-lhe licença para o fazer. Tu casares-te, Bertha! repetia o velho como se lhe fosse difficil conformar-se com essa ideia mas... com quem? Com o filho da Anna do Védor, com Clemente.
D. Luiz, fazendo um gesto de despeito, respondeu com vehemencia: Pois bem, queres ser mulher de Clemente, não é assim? queres ir sacrificar os teus merecimentos a esse homem? queres dedicar-lhe todo o teu futuro, consagrar todos os teus pensamentos, todas as tuas aptidões aos arranjos da casa da Anna do Védor? Pois bem, faze a tua vontade. Mas escusas de vir pedir o meu consentimento.
E n'este tempo João de Porras, cavalleiro principal de Çamora, andava em trato de fazer vir a dita cidade a serviço e obediencia d'El-Rei D. Affonso; porque o Marechal que tinha a fortaleza por El-Rei D. Fernando, elle tambem o commovia, porque era seu genro. E El-Rei D. Affonso fez João de Porras vedor de sua casa, por prazer e consentimento de Pero de Sousa, que o dito officio tinha.
Mandou logo o Infante D. Pedro a Ruy Gonçalves de Castel-Branco, védor que fôra d'El-Rei D. Duarte, que fizesse nos paços correger em grande perfeição a salla em que El-Rei havia d'estar nas côrtes.
A entrada do filho de Anna do Védor não obrigou Jorge a interromper a sua tarefa; saudou-o com a affectuosa familiaridade que de pequeno usava para o seu irmão de leite, e continuou trabalhando. Bons dias, snr. Jorge. Pelo que vejo trabalha-se? Que remedio, meu bom Clemente, que remedio? Estes negocios de minha casa estão de tal maneira enredados, que não fazes ideia.
E assi mandou logo o Regente em nome d'El-Rei caminho do Crato Diogo Fernandes d'Almeida, que era védor da fazenda, pedindo á Rainha, sua madre com mui brandas razões e mui fortes seguranças que se tornasse, e que elle e os Infantes iriam por ella, e se o não quizesse fazer que ao menos entregasse a Infante D. Joana.
O padre respondeu á Anna do Védor: Ó mulher, guarde lá a sua lingua que não nos tira a sêde que trazemos, e dê-nos antes uma pinga do verde, porque o nosso pichel vae vazio de todo. E com a maior sem-cerimonia entraram para o pateo, poisando as espingardas e os apparelhos de caça. O doutor sentou-se nos degraus da porta da cozinha, o padre na pilha de lenha que havia no quinteiro.
Em uma palavra, para vocês imaginarem o estado d'isto, basta que vos diga, que me custou a conter a indignação quando ouvi ha pouco a Anna do Védor dizer-me que a Bertha era um bom casamento para o filho. Ai, para o snr. regedor!
A Anna do Védor, que não obteve resposta a esta ultima advertencia, sahiu duvidando de que tivesse tirado alguma utilidade do passo que deu junto do fidalgo, e quasi arrependida por o haver dado. D. Luiz ficou só por algum tempo, com a cabeça escondida entre as mãos e os cotovêlos apoiados nos braços da poltrona. Até que ponto levareis esta provação, meu Deus?! murmurava elle quasi soluçando.
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