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Buenos-Ayres, a que primeiro, rebellando-se contra o usurpador, por menos guarnecida e sopitada e mais pobre e descurada logrou separar-se da mãi patria, não derrubára o poderio dos seus vice-reis, como armára expedições libertadoras que com Belgrano tinham chegado sem proveito ao Paraguay, com Balcarce attingido ousadamente o Alto Perú, e com San Martin denodadamente corrido ao soccorro do Chile depois do fracasso da insurreição local.

Ouvia com acquiescencia os murmurios da nobreza contra a dynastia bragantina, murmurios timidos, que mais tarde se formularam n'uma vilipendiosa petição, requerendo ao usurpador um rei da sua escolha, e nomeadamente o general Junot, que comprara consciencias tão degeneradas como a do conde da Ega, e do bispo do Porto, Antonio.

Quando o mordomo do rei, ou o seu aguazil, appareciam a cobrar um tributo ou reclamar um preso, o fidalgo usurpador, ou, do terreno, ou do privilegio apenas, saía com os seus homens: «Ca por aqui é honra!» E enforcava-os. Enforcava-os, ou matava-os mais barbaramente ainda. Um porteiro, que ia fazer uma penhora, teve as mãos cortadas, e foi depois assassinado.

Dizia alguem que o grande erro de D. João IV fôra o acclamar-se duque de Bragança: mas que faria o usurpador depois de matar como matou á traição em Lisboa o legitimo successor de Bragança e do throno? quem havia de sustentar a sua tyrannia, quem ousaria contemplar em frente sem desmaiar e sem horror o monstro de tantas vidas, que bebia o sangue humano, e se recreava com o vil officio de algoz e de executor da nobreza?

Os propagadores do boato, querendo explicar a fuga simultanea de Roque da Cunha, asseveraram que elle se passara a Madrid, onde vivia sua mãe, D. Vicencia Corrêa, loureira famosa de Lisboa, antes de ser casada com Francisco Leitão, o Guedêlha, que tinha sido do conselho de Portugal em Madrid, de boas avenças com o usurpador, e, como renegado incontricto, se ficara contraminando a restauração do reino.

Aos parciaes da justa causa de D. Carlos pertencia Henrique IV, e aos do rei usurpador, o arcebispo de Toledo e alguns grandes de Castella. O marquez de Vilhena, D. João Pacheco, dizia-se amigo de Henrique IV; e, como era mui artificioso e dado a soltar meias palavras, foi a Saragoça tratar da paz e boas relações de Aragão com Castella.

A attitude do Porto, depois de vencido, e em presença do cavalheiroso procedimento de Soult, devia ser a da resignação reconhecida, nunca a do servilismo infamante. Agradecer é das boas almas; ajoelhar aos pés do usurpador é dos maus cidadãos. E nós fomos então maus cidadãos.

Os mesmos inimigos recebem outro engano ou desengano semelhante quando tentam usurpar o poder da santa igreja para legitimar a sua tyrannia. A falsa communhão dos protestantes está no estado: não póde legitimar os actos do poder usurpador e dominador.

Obteve-o, porém, o avô de D. João IV, em fevereiro de 1581, da velhaca magnanimidade de Philippe II de Castella, quando foi comprimentar a Elvas o usurpador, que vinha entrando triumphalmente em Portugal.

A casa de Bragança venceu o que D. Duarte apenas sonhava como possivel, e deixava entregue ao tristissimo evento das successões para se realisar no decurso de muitos seculos: era um engano absoluto; o partido usurpador é como a familia dos flamengos e dos ciganos prova e reprova todas gerações e partos suppostos como põe e dispõe os seus monarchas pela ultima arma do veneno e do punhal.

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