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Atualizado: 20 de julho de 2025
Filodemo, hi-vos embora, Fallae depois com Solina. Vamos-nos tambem, Senhora. Receber seu pae lá fóra; Não venha sentir a mina. Vilardo e Doloroso, que vem dar hum descante a Solina com os Musicos. Assi que te contava, Doloroso, destas em que sempre andão rugindo as sedas. Avante, que bem sei que o não dizeis polas sedas de Veneza.
Vilardo, Solina e Dionysa. Senhora, o Senhor seu pae, Mesmo de Vossa Mercê, Ja lá para casa vae: Por isso, Senhora, andae, Que elle me mandou n'hum pé; E diz que fosse jantar Vossa Mercê mesmamente. E ja veio do pomar? Oh quem pudéra escusar De comer, nem de ver gente! S'ella sem vontade anda, Eu lh'emprestarei vontade, Empreste-m'ella a vianda.
Ora vamos, que agora estou de vez, e cuido d'hoje fazer mil maravilhas, com que vosso feito venha á luz. Dionysa e Solina. Solina, mana. Senhora. Trazei-me cá a almofada; Que a casa está despejada, E esta varanda cá fóra Está melhor assombrada. Trazei a vossa tambem Para estarmos cá lavrando; Em quanto meu pae não vem, Estaremos praticando, Sem nos estorvar ninguem.
S' eu zombo, inda em meu dano Vejais vós mui cedo a fim. Mas vós, Senhora Solina, Porque me querereis mal? Sou mofina. Oh! real. Assi que minha mofina He minha imiga mortal. Dias ha qu'eu imagino Qu'em vos amar e servir Não ha amador mais fino; Mas sinto que de mofino Me fino sem o sentir. Bem derivais: quanté assi Á popa o dito vos veio.
Com este, teus successores Se honrarão de serem teus; E dar-lhe-hão os escriptores, Por doze trabalhos seus, Doze milhões de louvores. E dessa illustre fadiga Colherás mui rico fruito: Enfim, a razão me obriga Que tão pouco delle diga, Porque o tempo dirá muito. FILODEMO. VILARDO, seu moço. DIONYSA. SOLINA, sua moça. VENADORO. MONTEIRO. DORIANO, amigo de Filodemo.
Eu que vos posso dizer? Ja não tenho em mi poder, Segundo me sinto agora, Para poder responder. Respondei-lhe, vós Solina, Pois que a vós me entreguei. Bofé não responderei: Veja ella o que determina. Não o vejo, nem o sei. Pois eu tambem não sei nada. Porque? Do que eu fizer, Se despois se arrepender, Dirá qu'eu fui a culpada. Eu só quero a culpa ter.
Pois não devia assi de ser, polos santos Evangelhos! mas muitos dias ha que eu sei que o amor, e os cangrejos, andão ás vessas. Solina e Duriano. SOLINA, com a almofada. Aqui anda passeando Duriano, e só comsigo Pensamentos praticando: Daqui posso estar notando Com quem sonha, se he comigo.
Ja sabeis que esta nossa Solina he tão Celestina, que não ha quem a traga a nós.
Mas vós como sois malvada, Que de hum pouco mais de nada Fazeis hum homem armado, Como quem 'stá sempre armada! Dizei-me, Solina, mana. Qu'he isso? Tirae lá a mão: Oh! vós sois mao cortezão. O que vos quero m'engana, Mas o que desejo não. Não ha aqui senão paredes, As quaes não fallão, nem vem. Está isso muito bem. Bem: e vós, Senhor, não vêdes Que poderá vir alguem? Que vos custão dous abraços?
E mais crede que quem canta, Ainda descantará; E quem do leito, onde está, Por ouvi-lo se levanta, Mor desatino fará. Quem havia de cuidar, Que dama formosa e bella Saltasse o demonio nella, Para a fazer namorar De quem não he igual della? Que me dizeis a Solina? Como se faz Celestina, Que por não lhe haver inveja Tambem para si deseja O que o desejo lh'ensina!
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