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Atualizado: 17 de junho de 2025


Se o alcançastes com saber divino, Se com encantamentos de Medéa? De qu'escondidas conchas escolhestes As perlas preciosas Orientais, Que fallando mostrais no doce riso? Pois vos formastes tal, como quizestes, Vigiai-vos de vós, não vos vejais, Fugi das fontes; lembre-vos Narciso.

S' eu zombo, inda em meu dano Vejais vós mui cedo a fim. Mas vós, Senhora Solina, Porque me querereis mal? Sou mofina. Oh! real. Assi que minha mofina He minha imiga mortal. Dias ha qu'eu imagino Qu'em vos amar e servir Não ha amador mais fino; Mas sinto que de mofino Me fino sem o sentir. Bem derivais: quanté assi Á popa o dito vos veio.

Se na condição Está serem verdes, Porque me não vedes? Trocae o cuidado, Senhora, comigo; Vereis o perigo, Qu'he ser desamado. Voltas. Se trocar desejo O amor entre nós, He para qu'em vós Vejais o que vejo. E sendo trocado Este amor comigo, Ser-vos-ha castigo Terdes meu cuidado. Tendes o sentido D'Amor livre e isento, E cuidais qu'he vento Ser tão mal querido.

Eis aqui as nouas partes do Oriente, Que voſoutros agora ao mundo dais, Abrindo a porta ao vaſto mar patente, Que com tão forte peito nauegais: Mas he tambem razão, que no Ponente Dhum Luſitano hum feito inda vejais, Que de ſeu Rey moſtrando ſe agrauado Caminho ha de fazer nunca cuidado.

Campos bem-aventurados, Tornae-vos agora tristes; Que os dias, em que me vistes, Alegres ja são passados. Glosa. Campos cheios de prazer, Vós qu'estais reverdecendo, Ja m'alegrei com vos ver; Agora venho a temer Qu'entristeçais em me vendo. E pois a vista alegrais Dos olhos desesperados, Não quero que me vejais, Para que sempre sejais, Campos, bem-aventurados.

Mas olhae de que maneira: Vivo assi ao revés, Tomando por certa vida Certa morte, Com que fólgo em que me pês; Pois minha sorte he servida De tal sorte. Huma cousa sabei, que o mal, inda que ás vezes o vejais louvar, não ha quem o louve com a boca, que o não tache com o coração.

Carlos V, que chegara da Allemanha, ao saber a boa nova escrevia a Sebastião de Elcano, ordenando-lhe que fosse á sua presença a contar-lhe da viagem: «E quero, dizia, que me informeis mui particularmente da viagem que haveis feito, e do que n'ella succedeu, e vos mando que, logo que esta vejais, tomeis duas pessoas das que comvosco vieram, das mais cordatas e de melhor razão, e vos partais com ellas para onde eu estiver, que por este correio escrevo aos officiaes da Casa de Contractação das Indias, que vos vistam e vos assistam com todo o necessario a vós e ás dictas duas pessoas».

Se hum mal grande se alevanta N'hum coração que maltrata, A affeição se desbarata; Porque onde a ágoa he tanta O fogo d'amor se mata. E pois tive tal tenção, Perdoae, Senhora, a culpa Deste vosso coração. Não se alcança assi perdão D'erro que não tẽe desculpa. Ora pois assi tratais Quem em tanto risco pôs O amor que vós negais, Eu m'ausentarei de vós Onde mais me não vejais.

Trago-vos estas cousas á lembrança, Porque s'estranhe mais vossa crueza Com ver que a criação e longa usança Vos não perverte e muda a natureza. Dou as lagrimas minhas em fiança, Qu'em tudo quanto está na redondeza, Cousa d'Amor isenta, se attentais, Em quanto vos não virdes, não vejais. Ja disse, que d'Amor sempre tiverão As cousas insensiveis pena e gloria. Vêde as sensiveis como se perdêrão.

138 "Eis aqui as novas partes do Oriente Que vós outros agora ao mundo dais, Abrindo a porta ao vasto mar patente, Que com tão forte peito navegais. Mas é também razão que, no Ponente, Dum Lusitano um feito inda vejais, Que, de seu Rei mostrando-se agravado, Caminho há-de fazer nunca cuidado.

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